Resumo traduzido por

Nos últimos anos, o interesse pela insegurança alimentar e nutricional nos países de rendimento elevado disparou. No entanto, o seu reconhecimento na Europa ainda está em desenvolvimento. Esta perspectiva resume as evidências sobre a insegurança alimentar e nutricional em toda a Europa em termos de prevalência, consequências e estratégias actuais de mitigação, com o objectivo de delinear os desafios e oportunidades para os nutricionistas. A prevalência na população em geral varia entre 5% e 20%, com taxas mais elevadas identificadas em mulheres, crianças, idosos, famílias monoparentais, pessoas com baixo nível de escolaridade e com rendimentos e/ou emprego baixos ou instáveis. Nos utilizadores da ajuda alimentar, a prevalência da insegurança alimentar é superior a 70%. As respostas à insegurança alimentar e nutricional incluem políticas de bem-estar e programas de assistência alimentar a nível regional e nacional. No entanto, a maioria das estratégias actuais não consegue combater os factores estruturais da insegurança alimentar e nutricional, nem garante a qualidade da dieta. Apesar do envolvimento limitado até à data, os nutricionistas podem desempenhar um papel importante na abordagem da insegurança alimentar e nutricional em toda a Europa. Esta narrativa identifica 4 áreas: 1) criar consciência sobre a existência e gravidade da insegurança alimentar e nutricional, 2) defender dados abrangentes e robustos sobre os determinantes e a prevalência, 3) estabelecer parcerias com diversas partes interessadas, prestadores de assistência social, autoridades locais, e organizações não governamentais de forma abrangente, intersetorial e integrada; 4) participar no desenvolvimento de instrumentos e intervenções políticas que garantam o acesso equitativo a alimentos seguros de alta qualidade.