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Peso e altura autorreferidos para determinação do estado nutricional de adultos e idosos: validade e implicações em análises de dados

Artigo de periódico
Peso e altura autorreferidos para determinação do estado nutricional de adultos e idosos: validade e implicações em análises de dados
2012
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Peso e altura autorreferidos para determinação do estado nutricional de adultos e idosos: validade e implicações em análises de dados

Autores: Giovâni Firpo Del Duca, David Alejandro González-Chica, Janaína Vieira dos Santos, Alan Goularte Knuth, Maria Beatriz Junqueira de Camargo, Cora Luíza Araújo

Fonte: Cadernos de Saúde Pública

Publicado em: 2012

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Link para o original

Resumo

Analisou-se a validade do peso e altura autorreferidos para determinação do estado nutricional, e as implicações do seu uso em análises de associação com desfechos em saúde. Baseando-se em um estudo transversal de base populacional realizado em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, em 2007 (n = 2.986), sorteou-se uma subamostra de 276 indivíduos com idade > 20 anos. Em média, o peso autorreferido foi similar ao medido; a altura medida foi superestimada nos homens (1,4cm) e nas mulheres (2,5cm); o índice de massa corporal (IMC) real foi subestimado em quase 1kg/m². Mesmo com diferenças médias pequenas, a variabilidade dos dados foi grande. Sexo, idade e escolaridade influenciaram nos resultados. O uso de medidas autorreferidas gerou subestimativas de sobrepeso e obesidade, assim como erros imprevisíveis em análises de associação com desfechos em saúde (subestimativa, superestimativa e inversão nas medidas reais de efeito). Equações de correção reduziram a média das diferenças com os valores medidos, mas não reduziram a variabilidade das diferenças e nem solucionaram erros de classificação ou vieses nas associações.

Resumo traduzido por

Analisou-se a validade do peso e altura autorreferida para determinação do estado nutricional, e as implicações do seu uso em análises de associação com estágios em saúde. Baseando-se em um estudo transversal de base populacional realizado em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, em 2007 (n = 2.986), sorteou-se uma subamostra de 276 indivíduos com idade > 20 anos. Em média, o peso autorreferido foi semelhante ao medido; a altura medida foi superestimada nos homens (1,4cm) e nas mulheres (2,5cm); o índice de massa corporal (IMC) real foi subestimado em quase 1kg/m². Mesmo com diferenças médias pequenas, a variabilidade dos dados foi grande. Sexo, idade e escolaridade influenciaram nossos resultados. O uso de medidas autorreferidas gerou subestimativas de sobrepeso e obesidade, assim como erros imprevisíveis em análises de associação com desfechos em saúde (subestimativa, superestimativa e inversão nas medidas reais de efeito). Equações de correção reduziram a média das diferenças com os valores medidos, mas não reduziram a variabilidade das diferenças e nem solucionaram erros de classificação ou visões nas associações.