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Sociopolitical determinants of nutritional profiles and food insecurity among indigenous peoples in contemporary Brazil

PBO Favorites Artigo de periódico
Sociopolitical determinants of nutritional profiles and food insecurity among indigenous peoples in contemporary Brazil
2025
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Publication sheet

Nome da publicação: Sociopolitical determinants of nutritional profiles and food insecurity among indigenous peoples in contemporary Brazil

Authors: Maurício Soares Leite, Adriana Romano Athila, Aline Alves Ferreira, Deise Bresan, Renata da Cruz Gonçalves, Silvia Ângela Gugelmin

Source: Revista de Nutrição

Published in: 2025

File type: Artigo de periódico

Kind of study: Revisão

Link to the original

Summary

To review malnutrition, hunger, anemia, food insecurity and obesity conditions of indigenous peoples in Brazil from 2013 to 2023.
The living conditions scenario is unfavorable for indigenous peoples in Brazil, in absolute and comparative terms with the non-indigenous people, revealing great inequities in health. In the political and socioeconomic framework, the dismantling of state actions and public policies concerning food and nutritional security, the worsening of territorial violence and other important setbacks in environmental issues and on the fundamental rights of indigenous peoples stand out.

Conclusion: The inequalities in health profiles and living conditions of indigenous and non-indigenous people in this country and globally, refer to historical-colonial trajectories marked by violence, racism and marginalization. In contemporary Brazil, the possibility of implementing the Human Right to Adequate Food and Nutrition, Food and Nutrition Security and food sovereignty of indigenous peoples has as a structural condition the discontinuation of systematic violations of their lives and territories, as well as a set of specific rights, including health rights, participatively and strenuously obtained in the wake of the country’s redemocratization.

Summary translated by

Revisar as condições de desnutrição, fome, anemia, insegurança alimentar e obesidade dos povos indígenas no Brasil no período de 2013 a 2023. O cenário de condições de vida é desfavorável para os povos indígenas no Brasil, em termos absolutos e comparativos com os não indígenas, revelando grandes iniquidades em saúde. No âmbito político e socioeconômico, destacam-se o desmonte das ações estatais e das políticas públicas relativas à segurança alimentar e nutricional, o agravamento da violência territorial e outros retrocessos importantes nas questões ambientais e nos direitos fundamentais dos povos indígenas. As desigualdades nos perfis de saúde e nas condições de vida de indígenas e não indígenas, no país e no mundo, remetem a trajetórias histórico-coloniais marcadas pela violência, racismo e marginalização. No Brasil contemporâneo, a possibilidade de efetivação do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas, à Segurança Alimentar e Nutricional e à soberania alimentar dos povos indígenas tem como condição estrutural a cessação das violações sistemáticas de suas vidas e territórios, bem como um conjunto de direitos específicos, entre eles o direito à saúde, conquistados de forma participativa e laboriosa na esteira da redemocratização do país.

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Por que o tema é relevante?

A saúde indígena no Brasil apresenta profundas iniquidades, resultantes de  trajetórias históricas, ausência de políticas públicas eficazes e desestruturação de políticas de segurança alimentar e nutricional, que resultam em cenários alarmantes de desnutrição, anemia, fome e obesidade. Discutir determinantes sociopolíticos é fundamental para garantir os direitos dessa população.

Qual é o objetivo do estudo?

Rever as condições de desnutrição, fome, anemia, insegurança alimentar e obesidade entre povos indígenas no Brasil no período de 2013 a 2023.

Quais as principais conclusões?

O artigo evidencia que a saúde e a nutrição dos povos indígenas no Brasil são mais precarizadas que as da população não indígena, revelando um padrão persistente de iniquidades estruturais com base étnico-racial. Os dados analisados são alarmantes: há alta prevalência de desnutrição, anemia e obesidade entre crianças e adultos indígenas, com índices extremos como 83,8% de déficit de estatura entre crianças Yanomami e 84,4% de excesso de peso entre mulheres Xikrin. Além disso, a insegurança alimentar é generalizada, com níveis severos ou moderados em grande parte dos domicílios indígenas.

Esse cenário se agravou com a desestruturação das políticas de segurança alimentar e nutricional nos últimos anos, sobretudo após 2016, com cortes orçamentários e enfraquecimento de instituições, que impactou diretamente a soberania alimentar e a saúde dos povos indígenas. A escassez de dados atualizados e representativos sobre os povos indígenas, somada à subnotificação e à ausência de políticas baseadas em suas especificidades culturais, contribui para a invisibilidade demográfica e epidemiológica desses povos, dificultando o planejamento de ações eficazes.
Nesse contexto, para garantir o direito à alimentação e nutrição adequadas dos povos indígenas, é necessário reconhecer seus direitos, interromper as violações aos seus territórios e modos de vida. Além de (re)instituir conselhos e instâncias participativas, para apoiar a produção agrícola tradicional, fortalecer a atenção primária com equipes multiprofissionais indígenas e promover a participação direta dos povos nas decisões para romper as iniquidades e promover bem-estar, autonomia e segurança alimentar.