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The need to reshape global food processing: a call to the United Nations Food Systems Summit

PBO Favorites Artigo de periódico
The need to reshape global food processing: a call to the United Nations Food Systems Summit
2021
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Publication sheet

Nome da publicação: The need to reshape global food processing: a call to the United Nations Food Systems Summit

Authors: Carlos Augusto Monteiro, Mark Lawrence, Christopher Millett, Marion Nestle, Barry M Popkin, Gyorgy Scrinis, Boyd Swinburn

Source: BMJ Global Health

Published in: 2021

File type: Artigo de periódico

Link to the original

Summary

Esta é uma análise sobre os sistemas alimentares, foco da Cúpula das Nações Unidas (*UN Food Summit 2021*). O encontro é uma oportunidade para discutir e estabelecer políticas e ações efetivas sobre o tema. O processamento de alimentos está sendo substituído pelos alimentos ultra processados, que levam à obesidade. A crítica não é à indústria de alimentos como um todo. Indústrias de alimentos frescos e/ou minimamente processados devem ser defendidas.

Summary translated by

Esta é uma análise sobre os sistemas alimentares, foco da Cúpula das Nações Unidas (*UN Food Summit 2021*). O encontro é uma oportunidade para discutir e estabelecer políticas e ações efetivas sobre o tema. O processamento de alimentos está sendo substituído por alimentos ultra processados, que levam à obesidade. A crítica não é à indústria de alimentos como um todo. Indústrias de alimentos frescos e/ou minimamente processados ​​devem ser protegidas.

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Por que o tema é relevante?

A pandemia da obesidade tem como um dos seus fatores a mudança dos sistemas alimentares, com o aumento de produtos extremamente processados. Os sistemas estão falhando em promover a saúde, a igualdade social e a proteção do ambiente.  Neste contexto, o trabalho publicado vê como estratégico a realização do Food Systems Summit 2021. Entretanto, não é somente nesse espaço de discussão que se buscam ações concretas.

Qual é o objetivo do estudo?

A publicação tem como objetivo discutir o contraponto entre o processamento de alimentos e as corporações industriais que estimulam a produção e o consumo de alimentos ultraprocessados, e fundamentar a associação existente entre o crescimento desse tipo de indústria e o aumento da obesidade no mundo.

Quais as principais conclusões?

O equilíbrio dos sistemas alimentares envolve, entre outros aspectos, a oferta de alimentos sustentáveis com nutrientes em quantidade adequada para o corpo. A transformação desses sistemas, aliada à maior disponibilidade de alimentos ultraprocessados é uma das causas da epidemia global da obesidade. Os autores afirmam que esta não é uma crítica à indústria de alimentos como um todo. Pelo contrário, a utilização de técnicas que permitem preservar os alimentos mantendo as suas propriedades sensoriais podem tornar o preparo das refeições mais fácil e variado, contribuindo para uma dieta saudável. É preciso encorajar e defender essa forma de produção. De forma oposta, acreditam que a aplicação da tecnologia de alimentos para a criação de produtos hiperpalatáveis que, grosseiramente, tentam imitar alimentos minimamente processados ou mesmo pratos e refeições, é deletéria. A principal finalidade dessas corporações é a geração de lucro e, para isso, exercem o seu poder para alcançá-lo.

O estudo traz o olhar para o grau de processamento dos alimentos e a relação existente entre o maior consumo de produtos ultraprocessados e o aumento das  doenças crônicas não-transmissíveis, como a obesidade abdominal, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia, síndrome metabólica, depressão e doenças cardio e cerebrovasculares, além do aumento da mortalidade. O consumo desses alimentos corresponde a 50% ou mais da ingestão energética dos indivíduos de países de renda alta e de 15 a 30% da ingestão de energia naqueles de renda média.

O Food Systems Summit acontece em um momento oportuno para discutir, confrontar e modificar a situação atual dos sistemas alimentares, segundo os pesquisadores. Ações governamentais também são necessárias, como medidas fiscais, regulamentação do mercado de alimentos e implantação de políticas de rotulagem nutricional, para promover a alimentação variada com alimentos frescos e minimamente processados em detrimento dos ultraprocessados