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A medicina de precisão é definida como cuidados médicos concebidos para otimizar a eficiência diagnóstica ou o benefício terapêutico, visando as necessidades de pacientes individuais com base em características genéticas, biomarcadoras, fenotípicas ou psicossociais. 1 Inerente à medicina de precisão está o objetivo de minimizar efeitos secundários desnecessários para indivíduos com menor probabilidade de beneficiar de um determinado tratamento. O desenvolvimento da medicina de precisão para o tratamento da obesidade apresenta desafios distintos. Os tratamentos disponíveis para a obesidade e suas comorbidades apresentam grandes variações na eficácia em diferentes indivíduos, e vários medicamentos farmacológicos têm sido associados a respostas adversas e riscos à saúde. 2 Além disso, são escassos os biomarcadores adequados que possam prever a resposta de um paciente ao tratamento e há uma ausência de candidatos a medicamentos específicos que permitam tratamentos novos e individualizados para subpopulações com obesidade. Apesar de estarmos na era da tecnologia da informação e com os avanços na análise da expressão gênica, parâmetros clínicos simples como o IMC e a circunferência da cintura, que apresentam limitações conhecidas, ainda são utilizados para diagnosticar a obesidade.