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Tackling adolescent obesity in Latin America: The cost of inaction in Brazil, Chile and Colombia

PBO Favorites Artigo de periódico
Tackling adolescent obesity in Latin America: The cost of inaction in Brazil, Chile and Colombia
2021
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Publication sheet

Nome da publicação: Tackling adolescent obesity in Latin America: The cost of inaction in Brazil, Chile and Colombia

Source: The Economist Intelligence Unit

Published in: 2021

File type: Artigo de periódico

Kind of study: Revisão

Link to the original

Summary

Rising adolescent obesity rates are a major public health challenge in the 21st century, especially in low- and middle-income countries. Marked changes in body weight take place between adolescence and young adulthood, with many young people transitioning into obesity during this period. Strong evidence indicates that if obesity is established in adolescence, achieving healthy weight in adulthood is uncommon. The epidemiological and economic burden of obesity must be addressed by informed policy interventions.

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Por que o tema é relevante?

A prevalência de obesidade está crescendo e pressionando os sistemas de saúde. A crise da obesidade se agrava diante da perspectiva de que crianças e adolescentes obesos podem manter essa condição na vida adulta. Há uma lacuna entre o conhecimento sobre o impacto socioeconômico que a geração atual de jovens com obesidade  provoca e o que ocasionará no futuro, especialmente em países da América Latina, como o Brasil, Chile e Colômbia.  

Qual é o objetivo do estudo?

O documento possui três aspectos norteadores:

  • o impacto econômico da obesidade: as consequências epidemiológicas e socioeconômicas nas taxas atuais de obesidade em mercados específicos;
  • o impacto econômico de intervenções precoces: os efeitos de reverter a obesidade e direcionar os cuidados da obesidade; e,
  • os custos da ação versus a inação: os benefícios socioeconômicos das medidas para reduzir o número de adolescentes vivendo com a obesidade.

Quais as principais conclusões?

A obesidade em crianças e adolescentes associa-se a consequências físicas e psicológicas deletérias, além de impactar na auto-estima e qualidade de vida do indivíduo. Ainda na adolescência, o excesso de peso pode gerar alterações no perfil de lipídios sanguíneos, na glicemia e na pressão arterial sistêmica, resultando no surgimento de comorbidades quando adultos. De acordo com dados apresentados pelos autores, 49% dos adolescentes com obesidade manterão essa condição quando adultos. 

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana e câncer colorretal são responsáveis pelos custos diretos da inação na saúde. Indiretamente, a presença dessas doenças leva ao aumento do absenteísmo no trabalho e perda da produtividade. Projeções realizadas pelos pesquisadores estimam que, em 2020, os custos da obesidade podem ter alcançado US$ 19 bilhões no Brasil, sendo que quase 90% desse valor é decorrente de gastos diretos com o tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis.  Nesse contexto, o DM2 corresponde a mais da metade dos gastos. A estimativa é de que a obesidade representa cerca de 14% dos custos com saúde no país. 

Gastos totais com a obesidade em adultos, em porcentagem nominal do PIB, 2020.
Colômbia: 2,14%
Chile: 1,49%
Brasil: 1,37%
Fonte: Adaptado de SAAD et al., 2021.

Diante da perspectiva de aumento do número de adultos com obesidade, os autores identificaram que o impacto econômico relacionado a ela no Brasil, Chile e Colômbia deve dobrar de US$ 28 bilhões para US$ 53 bilhões entre os anos de 2020 – 2030. Por outro lado, em um cenário em que intervenções voltadas para adolescentes com obesidade levem à redução do peso corporal de 20% desses jovens, a economia por chegar a US$ 4 bilhões nesse mesmo período. 

Economia acumulada de acordo com diferentes cenários de efetividade da intervenção para a perda de peso em adolescentes no conjunto dos países Brasil, Chile e Colômbia, US$, 2020-2030.
VERMELHO: 20% – em que 20% dos adolescentes com obesidade atingem o peso adequado
AZUL: 15% – em que 15% dos adolescentes com obesidade atingem o peso adequado
PRETO: 10% – em que 10% dos adolescentes com obesidade atingem o peso adequado
Fonte: Adaptado de SAAD et al., 2021.

Combater a obesidade é uma abordagem complexa. Estratégias conjuntas são necessárias para a efetividade das ações. Os autores destacam três aspectos fundamentais para alcançar resultados reais:

  • criação de políticas e iniciativas para a população que busquem regulamentar o mercado de alimentos e bebidas não-alcoólicas, envolvendo a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a rotulagem de alimentos, por exemplo;
  • intervenções nos três níveis de atendimento à saúde da comunidade: atenção primária, secundária e terciária; além da atuação nas escolas; e, 
  • atendimento individualizado com foco na saúde física e no acompanhamento psicológico com o objetivo de proporcionar bem-estar para os adolescentes.

Os dados apresentados permitiram concluir que a mudança do estilo de vida secundária à urbanização aumentou as taxas de obesidade e a pressão dessa condição nos indicadores de saúde e nos gastos com os tratamentos de comorbidades associados a ela. O documento adquire especial relevância não só por apresentar os custos diretos e indiretos da obesidade, mas também por revelar o impacto econômico de intervenções precoces voltadas para a perda de peso em adolescentes. Ao apresentar o modelo empregado para analisar a importância econômica de prevenir e tratar a obesidade, o documento dá subsídios para a sua aplicação em outros contextos nacionais e regionais.