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Objetivo: Nosso objetivo foi explorar o significado da obesidade em idosos com osteoartrite de joelho (KO) e determinar os fatores que incentivam ou desencorajam a perda de peso. Fundamento: Vários estudos demonstraram que o índice de massa corporal está relacionado ao KO e que a perda de peso melhora os sintomas e a capacidade funcional. Contudo, os hábitos alimentares são difíceis de modificar e a maioria dos programas educativos são ineficazes. Desenho: Foi realizado um estudo qualitativo fenomenológico. A amostragem intencional foi realizada em dez idosos com OA que perderam peso e melhoraram sua qualidade de vida relacionada à saúde após participarem de um programa de educação em saúde. Foi realizada análise de conteúdo temática seguindo as etapas propostas por Miles e Huberman. Resultados: Os participantes compreenderam a obesidade como fator de risco para problemas de saúde e estigma. Eles acreditavam que a causa da obesidade era multifatorial e criticavam os profissionais de saúde por rotulá-los como “obesos” e por atribuir um valor moral à magreza e à dieta alimentar. Os fatores identificados como contribuindo para a eficácia do programa foram uma atitude tolerante entre os profissionais de saúde, educação em grupo que incentivou a motivação, recomendações dietéticas quantitativas e um modelo de aprendizagem significativa baseado em teorias de aprendizagem social. Conclusão: O autogerenciamento alimentar sem proibições ajudou os participantes a fazer mudanças na quantidade e no horário de ingestão de alguns alimentos e a perder peso sem sacrificar alguns alimentos profundamente enraizados em sua cultura e preferências. Os programas de educação alimentar devem centrar-se na qualidade de vida relacionada com a saúde e incluir conhecimentos científicos, mas também devem considerar os factores afectivos e os problemas percebidos como prioritários pelos pacientes.