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A deposição excessiva de gordura na obesidade tem etiologia multifatorial, mas é amplamente considerada o resultado do desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. Apesar das políticas específicas de saúde pública e dos esforços de tratamento individual para combater a epidemia de obesidade, mais de 2 mil milhões de pessoas em todo o mundo têm excesso de peso ou são obesas. Os circuitos do sistema nervoso central, a renovação e o metabolismo de combustíveis, bem como a homeostase do tecido adiposo, são importantes para compreender o ganho excessivo de peso e comorbidades associadas. A obesidade tem um impacto profundo na qualidade de vida, mesmo em indivíduos aparentemente saudáveis. Dieta, atividade física ou exercício e mudanças no estilo de vida são os pilares do tratamento da obesidade, mas o tratamento médico e a cirurgia bariátrica estão se tornando importantes. História familiar, ambiente alimentar, preferências culturais, reações adversas aos alimentos, nutrição perinatal, doenças prévias ou atuais e padrões de atividade física são aspectos relevantes que o profissional de saúde deve considerar no tratamento do indivíduo com obesidade. Os médicos e outros profissionais de saúde estão muitas vezes mal equipados para abordar os importantes factores ambientais e socioeconómicos da actual epidemia de obesidade. Finalmente, a compreensão dos factores epigenéticos e genéticos, bem como das vias metabólicas que tiram partido das tecnologias 'ómicas', poderia desempenhar um papel muito relevante no combate à obesidade dentro de uma abordagem de precisão.