Summary translated by

As pandemias e as subsequentes restrições de estilo de vida, como os “confinamentos”, podem ter consequências indesejadas, incluindo alterações no peso corporal. Esta revisão sistemática avalia o impacto do confinamento pandémico no peso corporal e identifica fatores contribuintes. Uma pesquisa bibliográfica abrangente foi realizada em sete bases de dados eletrônicas e em fontes cinzentas desde o seu início até 1º de julho de 2020, com uma atualização no PubMed e Scopus em 1º de fevereiro de 2021. No total, foram recuperados 2.361 registros únicos, dos quais foram identificados quarenta e um estudos. elegíveis: um estudo caso-controle, quatorze estudos de coorte e vinte e seis estudos transversais (469.362 participantes no total). Os participantes tinham idades entre 6 e 86 anos. A proporção de participantes do sexo feminino variou entre 37% e 100%. Os confinamentos pandémicos foram associados ao aumento de peso em 7,2–72,4% dos participantes e à perda de peso em 11,1–32,0% dos participantes. O ganho de peso variou de 0,6 (DP 1,3) a 3,0 (DP 2,4) kg, e a perda de peso variou de 2,0 (DP 1,4) a 2,9 (DP 1,5) kg . O ganho de peso ocorreu predominantemente em participantes que já estavam com sobrepeso ou obesidade. Os fatores associados incluíram aumento do consumo de alimentos não saudáveis ​​com mudanças na atividade física e alterações nos padrões de sono. A perda de peso durante a pandemia foi observada em indivíduos com baixo peso anterior e naqueles que comiam menos e eram mais ativos fisicamente antes do confinamento. A manutenção de um peso estável foi mais difícil em populações com rendimentos reduzidos, particularmente em indivíduos com menor nível de escolaridade. As conclusões desta revisão sistemática destacam os efeitos a curto prazo dos confinamentos pandémicos.