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As características demográficas iniciais e as operações realizadas em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Reino Unido são em grande parte desconhecidas. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica primária no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou por conta própria, e operações associadas realizadas por ambas as vias. Foi utilizado o conjunto de dados do Registro Nacional de Cirurgia Bariátrica de 5 anos, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. 34.580 pacientes foram submetidos à cirurgia bariátrica primária, dos quais 75,9% eram pacientes do SNS. A idade média dos pacientes e o índice de massa corporal inicial foram significativamente maiores para o NHS em comparação com os pacientes auto-pagos (idade média 45,8 ± 11,3 [DP] vs. 43,0 ± 12,0 anos e índice de massa corporal inicial 48,0 ± 7,9 vs. 42,9 ± 7,3 kg/m2 , p < 0,001). Os pacientes do NHS eram mais propensos a ter complicações relacionadas à obesidade em comparação com os pacientes que pagavam por conta própria: prevalência de diabetes mellitus tipo 2 27,7% versus 8,3%, hipertensão 37,1% versus 20,1%, apneia obstrutiva do sono 27,4% versus 8,9%, estado funcional gravemente prejudicado 19,3% versus 13,9%, dor musculoesquelética 32,5% versus 20,1% e uso de medicação para depressão 31,0% versus 25,9%, respectivamente (todos p < 0,001). O bypass gástrico foi a operação bariátrica primária mais comumente realizada no NHS (57,2%), mas a gastrectomia vertical predominou em pacientes auto-pagos (48,7%) (ambos p < 0,001). Em contraste com os pacientes que pagam por conta própria, os pacientes do NHS recebem cirurgia bariátrica apenas quando ficam mais velhos e em um estágio muito mais avançado de complicações de doenças relacionadas à obesidade.