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Future steps to tackle obesity: digital innovations into policy and actions. Conference report, 29 June 2021.

PBO Favorites Relatório
Future steps to tackle obesity: digital innovations into policy and actions. Conference report, 29 June 2021.
2021
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Publication sheet

Nome da publicação: Future steps to tackle obesity: digital innovations into policy and actions. Conference report, 29 June 2021.

Authors: World Health Organization

Published in: 2021

File type: Relatório

Link to the original

Summary

The Portuguese Ministry of Health under the Portuguese Presidency of the Council of the European Union and the WHO Regional Office for Europe jointly organized a conference “Future steps to tackle obesity: digital innovations into policy and actions”, which took place on 29 June 2021. This conference included discussions and deliberations by a panel of experts on how the widespread use of digital tools and applications in the food environment affects structural and behavioural changes in our food choices. By understanding the threats and opportunities created by the digital world, actions can be formulated to tackle and prevent obesity. The conference concluded with the Lisbon Call to Action, which proposes that children under 18 years of age should be protected from obesogenic digital environments by reducing their exposure to digital marketing of unhealthy food products and by expanding the opportunities offered by digitalization to enhance the accessibility and affordability of healthy and environmentally sustainable food. The Call to Action, signed by the Portuguese Minister of Health, calls on governments, diverse stakeholders and relevant actors to become signatories.

Summary translated by

O Ministério da Saúde português, sob a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, e o Escritório Regional da OMS para a Europa organizaram conjuntamente uma conferência “Passos futuros para combater a obesidade: inovações digitais em políticas e ações”, que teve lugar em 29 de junho de 2021. Esta conferência incluiu discussões e deliberações de um painel de especialistas sobre como a utilização generalizada de ferramentas e aplicações digitais no ambiente alimentar afeta mudanças estruturais e comportamentais nas nossas escolhas alimentares. Ao compreender as ameaças e oportunidades criadas pelo mundo digital, podem ser formuladas ações para combater e prevenir a obesidade. A conferência foi concluída com o Apelo à Acção de Lisboa, que propõe que as crianças com menos de 18 anos de idade sejam protegidas de ambientes digitais obesogénicos, reduzindo a sua exposição ao marketing digital de produtos alimentares não saudáveis ​​e expandindo as oportunidades oferecidas pela digitalização para melhorar a acessibilidade e acessibilidade de alimentos saudáveis ​​e ambientalmente sustentáveis. O Apelo à Acção, assinado pelo Ministro da Saúde português, apela aos governos, às diversas partes interessadas e aos actores relevantes para que se tornem signatários.

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Por que o tema é relevante?

A cada dia as pessoas passam mais tempo conectados a ambientes digitais. Neste meio, estão cercadas por informações e serviços que podem influenciar as suas escolhas e comportamentos alimentares. Novas formas de propaganda adaptaram-se aos ambientes de comida digital. Elas se tornaram mais direcionadas e pessoais. Por isso, é necessário discutir como as inovações digitais podem contribuir para as ações de políticas públicas e para o combate à obesidade.

Qual é o objetivo do relatório?

Apresentar o resultados das discussões da conferência “Futuros passo para combater a obesidade: inovações digitais nas políticas e ações”, realizada em 29 de junho de 2021, que buscou responder as perguntas:

  • Como a transformação digital está influenciando o consumo de alimentos e quais as consequências a longo prazo na saúde?
  • Como podemos usar as novas ferramentas digitais para criar modelos e metodologias para a coleta de dados e monitoramento das políticas relacionadas à obesidade?
  • Quais os potenciais caminhos que os governos têm ao usar inovações digitais para elaborar políticas públicas e ações de combate à obesidade?  

Quais as principais conclusões?

Ao responder o primeiro questionamento: como a transformação digital está influenciando o consumo de alimentos e quais as consequências a longo prazo na saúde?, o relatório aponta os efeitos nas políticas públicas. De um lado, as transformações digitais permitem que informações dos usuários sejam compartilhadas e acessadas de qualquer lugar por um profissional da saúde, proporcionando agilidade e integralidade no atendimento. A coleta de dados pode ser utilizada para nortear políticas e, assim, melhorar as ações de saúde.  Contudo, as inovações digitais levantam a discussão sobre cibersegurança, o que também faz necessária regulamentações sobre a temática. 

Outro aspecto que merece atenção é o crescimento dos aplicativos de entrega de refeições. Eles promovem acessibilidade e conveniência para alguns tipos de alimentos, inclusive de comidas que normalmente seriam inacessíveis para o indivíduo em um restaurante tradicional.

A transformação digital impactou também as táticas de propaganda. Elas são altamente persuasivas, uma vez que há pouca regulamentação sobre a sua forma de atuação no ambiente digital. A propaganda direcionada para as crianças é particularmente preocupante. O documento traz informações de que 8 em cada 10 propagandas de alimentos e bebidas são proibidas para o público infantil. Leis que regulamentam a propaganda digital são fundamentais para minimizar seus efeitos no comportamento alimentar das crianças. A falta de fiscalização sobre a venda de bebidas para menores de idade é mais uma dificuldade a ser superada.

Apesar dos desafios que o meio digital proporciona, também há aspectos positivos. Os aplicativos para smartphones podem ser uma fonte prática de acesso à composição nutricional de refeições e podem facilitar a escolha de alimentos do usuário ao identificar o seu perfil alimentar e, desta forma, sugerir como se alimentar de forma saudável.

Parte da segunda pergunta: como podemos usar as novas ferramentas digitais para criar modelos e metodologias para a coleta de dados e monitoramento das políticas relacionadas à obesidade? pode ser respondida por meio das análises de big-data. Atualmente, iniciativas como o foodDB e CLICK coletam um grande volume de informações sobre a venda de alimentos, como os preços e promoções dos produtos. No âmbito dos aplicativos, a entrega de cestas de alimentos por e-commerce pode promover uma alimentação mais saudável ao permitir que a pessoa compre frutas, legumes e verduras da estação com preços mais baixos.

Finalmente, o relatório levanta a questão: quais os potenciais caminhos que os governos têm ao usar inovações digitais para elaborar políticas públicas e ações de combate à obesidade? Inicialmente:

  • a base para elaboração de políticas públicas é a informação, cujo acesso è limitado pelos direitos de privacidade das crianças. Definir o perfil das suas atividades e conteúdos prejudiciais a que estão expostos pode violar esse direito individual. Neste sentido, uma solução é o próprio governo dar suporte para que os pais possam protegê-las contra as propagandas prejudiciais de alimentos, o que pode ser feito por meio de cursos de alfabetização digital, por exemplo.

Além disso:

  • apesar das informações da composição nutricional do alimento serem acessíveis, muitos aplicativos de entrega de refeições não as fornecem. Portanto, exigir que a plataforma apresente dados nutricionais do alimento, assim como o tamanho da porção, pode ser outra forma de atuação governamental;
  • as ferramentas digitais podem ajudar a controlar o acesso a bebidas inapropriadas para menores de idade; e,
  • o e-commerce de alimentos impacta o planejamento urbano. Políticas sobre o acesso físico a alimentos não saudáveis devem ser repensadas. O aumento de entregadores também pode afetar o trânsito da cidade e, por isso, é outro fator a ser considerado.

Uma vez que não há barreiras para os ambientes digitais de comida, um esforço global faz-se necessário. Políticas nacionais podem ser insuficientes para regulamentar redes internacionais de alimentos. Neste sentido, o primeiro país a se movimentar foi Portugal com a criação de legislações específicas para a propaganda digital de alimentos e com o lançamento do “Lisboa call to action” para proteger crianças do ambiente obesogênico digital.