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Antecedentes A frequência das refeições familiares tem sido sugerida como fator de proteção contra a obesidade em crianças. Objectivo Este estudo teve como objectivo investigar as associações transversais e longitudinais entre a frequência das refeições familiares e o excesso de peso/obesidade das crianças em famílias com alto risco de diabetes tipo 2 (DT2) em seis países europeus. Métodos Foram incluídas 989 díades pais-filhos (52% meninas e 72% mães). Os participantes preencheram medidas validadas para avaliar a frequência das refeições familiares e antropométricas. Modelos de regressão multivariada foram aplicados para examinar as associações longitudinais entre frequência de refeições familiares e sobrepeso/obesidade em crianças. A regressão logística foi realizada para prever as chances de ter sobrepeso/obesidade dependendo das mudanças na frequência das refeições familiares durante um período de acompanhamento de dois anos. As análises foram estratificadas por sexo das crianças. Resultados A alta frequência de cafés da manhã e/ou jantares familiares esteve inversamente associada ao IMC das crianças em meninos e meninas no T2. Os resultados mostraram probabilidades diminuídas de sobrepeso/obesidade no acompanhamento entre meninos (OR = 0,65; IC 95% 0,41, 0,96) e meninas (OR = 0,53; IC 95% 0,31, 0,87) que consumiram no mínimo três vezes o café da manhã familiar e /ou jantares em família por semana no início do estudo. Um aumento na frequência de cafés da manhã e/ou jantares familiares foi associado a menores chances de sobrepeso/obesidade em meninos e meninas no acompanhamento. Conclusão Uma alta frequência de café da manhã e/ou jantar em família, mas não de almoço, durante a infância, está associada a menores chances de desenvolvimento de sobrepeso/obesidade em crianças de famílias com alto risco de DM2. A promoção de refeições familiares poderia ajudar na prevenção do desenvolvimento de sobrepeso/obesidade entre as crianças.