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Impactos da Obesidade Infantojuvenil no Brasil

PBO Favorites Relatório
Impactos da Obesidade Infantojuvenil no Brasil
2025
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Publication sheet

Nome da publicação: Impactos da Obesidade Infantojuvenil no Brasil

Authors: Instituto Desiderata

Published in: 2025

File type: Relatório

Kind of study: Estudo observacional

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Summary

Desde 2003, o Instituto Desiderata atua no fortalecimento de políticas públicas de saúde para crianças e adolescentes. Com sua vocação, colabora com gestores públicos e organizações, desde 2019 na prevenção e cuidado da obesidade infantojuvenil, visando melhorar a saúde deste público no Brasil. Suas ações incluem sensibilização de gestores, produção e disseminação de conhecimento, monitoramento de dados e advocacy para influenciar políticas públicas. A obesidade é uma epidemia global em rápida expansão, com impactos profundos na saúde, educação e bem-estar emocional das crianças e adolescentes. Além dos elevados custos médicos, essa condição resulta em consequências socioeconômicas significativas e compromete a saúde futura. Reconhecer e enfrentar esses desafios é crucial para evitar danos irreversíveis. O cenário apresentado destaca a urgência de ações imediatas e eficazes para mitigar, prevenir e tratar a obesidade desde a infância. No Brasil, há poucos estudos que quantifiquem os impactos epidemiológicos e econômicos associados à obesidade infantojuvenil, seja no presente, no passado ou no futuro. Visando ocupar esta lacuna, é que o Desiderata propõe este estudo para estimar os custos do tratamento de crianças e adolescentes com obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e projetar as doenças, mortes e custos associados à obesidade nas próximas décadas. Embora a modelagem do impacto da obesidade infantojuvenil seja comum em outros países, essa abordagem ainda não havia sido aplicada no Brasil. O estudo analisa os custos médicos totais e excedentes e desenvolve um modelo de projeção para a evolução da obesidade até 2060, considerando cenários de redução e seus impactos futuros na saúde e nos custos.

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Por que o tema é relevante?

A obesidade infantojuvenil é um grande desafio, com crescimento alarmante no Brasil e no mundo, com consequências graves para a saúde física, mental e social das crianças e adolescentes, além de gerar impactos econômicos significativos para as famílias e para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

Qual é o objetivo do estudo?

Estimar os custos médicos diretos e indiretos da obesidade infantojuvenil no SUS, de 2013 a 2022, e projetar os impactos até 2060. 

Quais as principais conclusões?

O estudo realizado pelo Instituto Desiderata em parceria com a Fiocruz, destaca que, no país, a prevalência de obesidade infantojuvenil aumentou, atingindo em 2023, 14,3% das crianças (5 a 9 anos) e 12,6% dos adolescentes (10 a 19 anos). Esse aumento compromete o futuro, pois a obesidade infantil é um forte preditor de doenças crônicas (diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer) e apneia do sono, problemas musculoesqueléticos, distúrbios metabólicos, menor autoestima, bullying e pior desempenho escolar.
Entre 2013 e 2022, as internações de crianças e adolescentes com obesidade como causa primária totalizaram R$ 5,5 milhões, já os gastos hospitalares adicionais atribuíveis à obesidade infantil chegaram a R$ 218,1 milhões, e o custo total combinado (hospitalar, ambulatorial e medicamentoso) foi de quase R$ 1,6 bilhão. As projeções indicam que, se as tendências atuais se mantiverem, a prevalência de obesidade entre crianças e adolescentes poderá quase dobrar até 2060, com custos diretos estimados em R$ 3,84 bilhões ao SUS.
Em contrapartida, uma redução de apenas 10% na obesidade infantil poderia evitar 70,8 mil mortes e 244,6 mil casos de doenças crônicas não transmissíveis, além de gerar economia de até R$ 1,27 bilhão. Investir em prevenção é mais eficaz e financeiramente mais sustentável do que arcar com os custos futuros da obesidade.
O estudo reforça que o manejo da obesidade infantojuvenil deve ser tratado como uma prioridade nacional e propõe estratégias regulatórias e educativas que incluem a restrição de alimentos ultraprocessados nas escolas, a tributação de produtos não saudáveis, o incentivo ao consumo de alimentos in natura e o fortalecimento da atenção primária à saúde.