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Além de influenciar a saúde da população mundial, a pandemia da COVID-19 mudou a vida quotidiana de todos, incluindo as crianças. O sedentarismo e a transformação dos hábitos alimentares e de sono ocorreram na população infantil. Essas mudanças criaram um ambiente altamente obesogênico. Nosso objetivo foi avaliar o peso atual da população infantil e identificar os reais efeitos da pandemia. Os dados de altura e peso foram coletados por pediatras nos períodos pré-COVID-19 e pós-COVID-19 de 3.517 crianças (1.759 meninos e 1.758 meninas) com idades entre 4,71 e 17,33 anos. Encontramos um aumento significativo no escore z do IMC entre as consultas pediátricas nos anos de 2019 e 2021 em ambos os sexos com 7, 9, 11 e 13 anos. Especialmente alarmantes foram as percentagens de rapazes (gravemente) obesos nas idades de 9 e 11 anos, que excedem até mesmo as percentagens de rapazes com excesso de peso. Com a utilização de modelos estatísticos, registámos o aumento mais dramático por volta dos 12 anos de idade em ambos os sexos. Com base na nossa investigação na República Checa, podemos confirmar as previsões feitas no início da pandemia de que as restrições relacionadas com a COVID-19 agravaram o já presente problema da obesidade e do excesso de peso nas crianças.