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A obesidade é considerada uma doença cada vez mais difundida na população mundial, independentemente da idade e do sexo. Foram identificadas causas genéticas, mas também dependentes do estilo de vida. A nutrição e o exercício físico desempenham um papel importante, especialmente na obesidade não genética. Num modelo de três compartimentos, o corpo é dividido em massa gorda, massa livre de gordura e água, e a obesidade pode ser considerada uma condição em que o percentual de massa gorda total é excessivo. Pessoas com índice de IMC elevado ou com excesso de peso recorrem à automedicação, como suplementos alimentares ou chás, com o objetivo de prevenir ou tratar o seu problema. Infelizmente, existem vários moduladores da obesidade que atuam tanto nas vias que promovem a adipogênese quanto nas que inibem a lipólise. Além disso, essas vias envolvem diferentes tecidos e órgãos, por isso é muito difícil identificar substâncias antiobesidade. Uma rede de fatores e células contribui para o acúmulo de gordura em regiões completamente diferentes do corpo. A identificação de agentes naturais antiobesidade deve considerar esta rede, que gostaríamos de chamar de “obesossomo”. As características nutrigenômicas, nutrigenéticas e epigenéticas contribuem para dificultar muito a identificação dos compostos ativos. Esta revisão narrativa tem como objetivo destacar nutracêuticos que, in vitro ou in vivo, apresentaram atividade antiobesidade ou foram considerados úteis no controle de disfunções secundárias à obesidade. Os resultados sugerem que não é possível utilizar um único composto para tratar a obesidade, mas que os estudos devem ser direcionados para a identificação de misturas de nutracêuticos.