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O envelhecimento determina diversas modificações na composição corporal. O envelhecimento está associado ao aumento da massa gorda e às mudanças no seu padrão de distribuição. Os riscos associados ao aumento da massa de gordura ou decorrentes do baixo peso são diferentes nos idosos. Em decorrência disso, a Organização Mundial de Saúde recomenda uma alteração no Índice de Massa Corporal (IMC) em idosos. Os pontos de corte de IMC geralmente utilizados para a avaliação do estado nutricional de idosos são: baixo peso (IMC 27kg/m2). A prevalência de muitas complicações associadas à obesidade – como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares certos tipos de câncer, síndrome de apnéia/hipopnéia do sono e osteoartrite – também aumenta durante o envelhecimento. Entretanto, vários estudos demonstraram que o sobrepeso em pacientes idosos não se associa ao aumento da mortalidade geral. Estudos demonstram que o sobrepeso reduz a mortalidade por todas as causas em idosos. Esta redução gera um paradoxo ao ir contra as evidências em jovens. Deve-se ressaltar, contudo, que o aumento da mortalidade decorrente do baixo peso advém da sarcopenia. Nos pacientes obesos um quadro preocupante, portanto, é o desenvolvimento da obesidade sarcopênica. Conclui-se, então, que o controle de peso em idosos apresenta inúmeras particularidades. O sobrepeso é benéfico para os idosos, por isso o ajuste no valor do IMC. Nos pacientes obesos devemos confiar e controlar os sintomas das comorbidades diretamente relacionadas ao excesso de peso, assim como evitar ganhos ou perdas involuntárias de peso entre os idosos é uma prioridade.