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Philosophically, is obesity really a disease?

PBO Favorites Artigo de periódico
Philosophically, is obesity really a disease?
2023
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Publication sheet

Nome da publicação: Philosophically, is obesity really a disease?

Authors: Margaret Steele, Francis M. Finucane

Source: Obesity Reviews

Published in: 2023

File type: Artigo de periódico

Kind of study: Revisão

Link to the original

Summary

The question of whether obesity should be regarded as a disease remains controversial. One source of controversy can be addressed by distinguishing between two ways in which the word “obesity” is used. We draw two major conclusions: First, although obesity as understood in clinical medicine meets the criteria to be considered a disease, obesity as defined by BMI does not. Second, adequately addressing this disease requires us to distinguish it clearly and unambiguously from high BMI. Making this distinction would help both the public and policymakers to better understand the disease of obesity, facilitating advances in both prevention and treatment.

Summary translated by

A questão de saber se a obesidade deve ser considerada uma doença permanece controversa. Uma fonte de controvérsia pode ser abordada distinguindo entre duas maneiras como a palavra “obesidade” é usada. Tiramos duas conclusões principais: primeiro, embora a obesidade, tal como entendida na medicina clínica, preencha os critérios para ser considerada uma doença, a obesidade tal como definida pelo IMC não o faz. Em segundo lugar, abordar adequadamente esta doença exige que a distingamos de forma clara e inequívoca do IMC elevado. Fazer esta distinção ajudaria tanto o público como os decisores políticos a compreender melhor a doença da obesidade, facilitando avanços tanto na prevenção como no tratamento.

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Por que o tema é relevante?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e, mais recentemente, a Comissão Europeia, reconhecem a obesidade como uma doença, assim como muitas outras organizações. Contudo, fora da medicina, o debate permanece. Neste aspecto, a “medicalização” da obesidade é apontada como um fator que contribui para o estigma do peso e a gordofobia. 

Qual é o objetivo do artigo?

Utilizar princípios fundamentais da filosofia das doenças para a conceituação da obesidade como uma doença ou não.

Quais as principais conclusões?

Esta revisão narrativa da literatura discute os aspectos relacionados à definição da obesidade como doença, sob a ótica médica, cultural, social e biológica. Inicialmente é apresentado como a decisão de classificar uma condição como doença depende do objetivo e contexto em que está inserida, tornando-a útil de alguma forma. Assim, em determinadas situações, uma condição de saúde pode ser considerada uma doença, por exemplo, para melhorar o acesso ao seu tratamento, mas em outras pode não ser, como diante do custo que o estigma do peso gera para a pessoa.

No âmbito da medicina clínica, embora a obesidade atenda aos critérios para ser considerada uma doença, a sua definição baseada no Índice de Massa Corporal (IMC) não o faz. Lidar adequadamente com a questão requer, portanto, distinguir de maneira clara e inequívoca a obesidade do IMC elevado. Fazer essa distinção ajudaria tanto a sociedade quanto os formuladores de políticas a compreender melhor a doença, diminuindo a ênfase no IMC. 

Essas observações levaram organizações como a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE) e o Colégio Americano de Endocrinologia (ACE) a abandonarem a dependência exclusiva do IMC e a buscarem uma abordagem centrada nas complicações da obesidade para definir as estratégias terapêuticas e os desfechos a serem alcançados, além de aludir a uma base fisiopatológica mais precisa. Neste sentido, elas sugerem o termo “doença crônica baseada na adiposidade” (ABCD, na sigla em inglês) como um novo diagnóstico para a obesidade.

Diante das discussões, inclusive sobre o que é “doença” sob o aspecto naturalista e normativo, os autores apontam que algumas abordagens da obesidade serão mais eficazes do que outras para ajudar a alcançar os objetivos, especialmente em relação ao tratamento e prevenção. Desta forma, definir a doença da obesidade em termos de seu impacto na ingestão alimentar, metabolismo e tecido adiposo, em vez de em termos de tamanho corporal pode ser mais efetivo. Primeiro, porque evita criar controvérsias desnecessárias ou prejudicar aqueles que possuem um IMC elevado, mas que não veem isso como um problema médico. Segundo, devido a maior conformidade com o uso popular e médico do termo “doença”, o que contribui para uma melhor compreensão pública da condição.