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Os tratamentos multimodais da obesidade para crianças e adolescentes geralmente mostraram apenas efeitos de tratamento pequenos a modestos e altas taxas de abandono. As possíveis variações por fatores clínicos e sociodemográficos dos pacientes permanecem, no entanto, em grande parte obscuras. Por esse motivo, nosso estudo analisou preditores psicológicos, físicos e sociodemográficos de sucesso e adesão ao tratamento em um tratamento multimodal para obesidade ao longo de 12 meses. A amostra com intenção de tratar incluiu n = 361 crianças e adolescentes (de 3 a 17 anos), dos quais n = 214 ou 59,28% dos pacientes completaram o tratamento. Uma idade mais jovem e, na análise de sensibilidade, adicionalmente uma maior psicopatologia de transtorno alimentar e início de tratamento antes da pandemia de COVID-19 previram maiores reduções de IMC-SDS (Índice de Massa Corporal-Pontuação de Desvio Padrão). Em contrapartida, não foram encontrados preditores de adesão ao tratamento. Os resultados sublinham a importância do tratamento precoce da obesidade juvenil. Além disso, a psicopatologia dos transtornos alimentares inclui a restrição alimentar, o que implica a capacidade de autorregular o comportamento alimentar e, portanto, pode ter um efeito positivo no objetivo do tratamento de ingestão alimentar controlada. No entanto, os desafios decorrentes da alteração dos procedimentos de tratamento devido à pandemia de COVID-19 permanecem.