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Objetivo Este estudo teve como objetivo verificar a associação entre características rurais e o estado nutricional de adolescentes da zona rural de Macaé, município do Rio de Janeiro, Sudeste do Brasil. Métodos Trata-se de um estudo transversal baseado em dados antropométricos secundários, coletados na Secretaria Municipal de Educação de Macaé entre 2013 e 2014. A base de dados refere-se ao total de adolescentes do único ensino médio da zona rural da cidade. Foi realizada regressão logística de Poisson, tendo como variável dependente o excesso de peso (sobrepeso ou obesidade - Índice de Massa Corporal-para-idade igual ou superior a um escore Z), utilizado de forma dicotômica. As variáveis ​​independentes foram sexo, nível socioeconômico e três variáveis ​​“sim ou não” que expressam características rurais. Resultados Os adolescentes (total=109) tinham entre 14 e 18 anos (média=16,6 anos), 64,2% eram meninas, 52,3% possuíam hortas ou pomares no domicílio, 19,4% possuíam criação de animais para consumo e 17,6% tinham pais/responsáveis ​​que trabalham no setor agrícola. A prevalência de excesso de peso foi de 18,0% nos meninos e 20,0% nas meninas. Ter horta/pomar implicou em chance significativamente maior de ter excesso de peso, tanto na análise bivariada quanto no modelo ajustado por sexo (Razão de Prevalência=2,95; Intervalo de Confiança=1,17-7,44). Conclusões Com base em uma associação significativa em nível municipal, os resultados destacam diferenças nutricionais entre estudos locais e de grande escala, bem como variações dentro de uma mesma área rural. Estes resultados apontam para a necessidade de avaliar mais detalhadamente os aspectos rurais em estudos sobre os determinantes subjacentes do estado nutricional.