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Objetivo Pouco se sabe sobre as diferenças entre os sexos em resposta a intervenções no estilo de vida entre populações pediátricas. O objetivo desta análise foi avaliar as diferenças entre os sexos na adiposidade após intervenções no estilo de vida entre crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade de 6 a 18 anos de idade. Métodos As pesquisas foram realizadas no PubMed, Web of Science e MEDLINE (desde o início até março de 2021), e as referências dos artigos incluídos foram examinadas. Os critérios de elegibilidade incluíram crianças e adolescentes de 6 a 18 anos com sobrepeso ou obesidade, randomização para uma intervenção no estilo de vida versus um grupo controle e avaliação de pelo menos uma medida de adiposidade. Os autores correspondentes foram contatados para obter estatísticas resumidas por sexo (n = 14/49). Resultados Dos 89 artigos completos revisados, 49 (55%) foram incluídos, dos quais 33 (67%) relataram efeitos de intervenção estatisticamente significativos sobre a adiposidade. Apenas dois estudos (4%) avaliaram diferenças entre os sexos em resposta a intervenções no estilo de vida, relatando resultados conflitantes. Os resultados dos modelos de meta-regressão não demonstraram diferenças significativas no efeito do tratamento entre jovens do sexo masculino e feminino para peso (beta = -0,05, SE = 0,18, z = -0,28, p = 0,8), IMC (beta = 0,03, SE = 0,14, z = 0,19, p = 0,85), escore z de IMC (beta = −0,04, EP = 0,18, z = −0,23, p = 0,82), percentual de gordura corporal (beta = −0,11, EP = 0,16, z = −0,67, p = 0,51) e circunferência da cintura (beta = −0,30, SE = 0,25, z = −1,18, p = 0,24). Conclusões A meta-análise revelou que os jovens com sobrepeso ou obesidade não demonstram uma resposta diferencial à intervenção no estilo de vida em relação aos resultados relacionados à adiposidade.