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A obesidade é uma doença comum e mórbida, mas seu tratamento ainda está longe do ideal. Muitos médicos, agências reguladoras, meios de comunicação e pacientes consideram a modificação do estilo de vida como a única intervenção possível. Os agentes farmacológicos, embora com limitações, são armas úteis, mas são altamente estigmatizados. Algumas razões para esse estigma são discutidas neste editorial e incluem: o fracasso do uso de medicamentos em curto prazo em alcançar resultados em longo prazo (devido à condição crônica e recorrente de obesidade); percepção comum da obesidade como uma opção de estilo de vida; dificuldade em tratar a obesidade no âmbito da atenção primária; resultados de perda de peso abaixo do desejado com medicamentos; uso indevido de medicamentos por motivos cosméticos; e história desfavorável de outros medicamentos antiobesidade que foram retirados nas décadas anteriores.