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Vários elementos da pandemia da COVID-19 revelaram-se difíceis de superar. Reconhecemos agora uma característica desconcertante do SARS-CoV-2: sintomas mistos e sem resolução que podem durar 4 semanas ou mais após o diagnóstico inicial, denominados sequelas pós-agudas do SARS-CoV-2 (PASC). A recuperação total pode, portanto, tornar-se uma provação prolongada, uma vez que estimativas conservadoras indicam que 20% dos casos de SARS-CoV-2 desenvolverão PASC, com as mulheres em risco aumentado. Evidências emergentes sugerem que a reativação de vírus latentes, incluindo citomegalovírus, vírus Epstein-Barr e/ou vírus varicela zoster, pode perpetuar o fardo da PASC. Isto é problemático porque a disfunção imunitária está ligada à obesidade e ao stress psicológico, os quais afectam desproporcionalmente pessoas socioeconomicamente desfavorecidas e minorias raciais/étnicas. É essencial aplicar uma abordagem centrada no paciente, em que os principais fatores que orientam a tomada de decisão sejam baseados nas necessidades e habilidades do indivíduo. Ainda assim, a influência independente e combinada da obesidade e do estresse psicológico na função imunológica exige a devida consideração no contexto da recuperação do PASC.