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A obesidade tornou-se uma epidemia global que tem um impacto negativo na saúde da população e na economia das nações. Foi demonstrado que as predisposições genéticas têm um papel substancial no metabolismo energético desequilibrado observado na obesidade. No entanto, estas variações genéticas não podem explicar inteiramente o enorme crescimento da obesidade nas últimas décadas. O acúmulo de evidências sugere que as características do estilo de vida moderno, como a ingestão de alimentos ricos em energia, a adoção de comportamento sedentário ou a exposição a fatores ambientais, como desreguladores endócrinos industriais, contribuem para a crescente epidemia de obesidade. Avanços recentes no estudo do DNA e suas alterações aumentaram consideravelmente a nossa compreensão da função da epigenética na regulação do metabolismo e gasto energético na obesidade e nas doenças metabólicas. Estas modificações epigenéticas influenciam a forma como o DNA é transcrito sem alterar a sua sequência. São dinâmicos, reflectindo a interacção entre o corpo e o seu entorno. Notavelmente, estas alterações epigenéticas são reversíveis, tornando-as alvos atraentes para intervenções terapêuticas e corretivas. Nesta revisão, discuto como essas modificações epigenéticas contribuem para o metabolismo energético desordenado na obesidade e até que ponto as estratégias de estilo de vida e de redução de peso e os medicamentos farmacológicos podem restaurar o equilíbrio energético, restaurando perfis epigenéticos normais.