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Determinar se a resposta hormonal gastrointestinal (GI) à ingestão de alimentos difere entre indivíduos com e sem obesidade pode melhorar nossa compreensão da fisiopatologia da obesidade. Foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise de estudos que avaliam as concentrações de hormônios GI, bem como as classificações de apetite, após uma refeição teste, em indivíduos com e sem obesidade. Pesquisas sistemáticas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, Embase, Cochrane Library, PsycINFO, Web of Science e ClinicalTrials.gov. Foram recuperados 7.514 artigos únicos, 115 incluídos na revisão sistemática e 70 na meta-análise. A meta-análise comparou a diferença média padronizada estimada na concentração de hormônios GI, bem como as classificações de apetite, entre indivíduos com e sem obesidade. As concentrações totais de grelina basal e pós-prandial foram mais baixas em indivíduos com obesidade em comparação com os controles, e isso se refletiu em índices de fome pós-prandial mais baixos nos primeiros. Indivíduos com obesidade tiveram uma concentração pós-prandial mais baixa do peptídeo YY total em comparação com os controles, mas não foram encontradas diferenças significativas para o peptídeo 1 semelhante ao glucagon, colecistocinina ou outras classificações de apetite. Foi encontrada grande heterogeneidade metodológica e estatística entre os estudos. Estudos mais abrangentes são necessários para entender se as diferenças observadas são causa ou consequência da obesidade.