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O estigma e a discriminação em relação às pessoas obesas são generalizados e apresentam inúmeras consequências para a sua saúde psicológica e física. Apesar de décadas de ciência documentando o estigma do peso, as suas implicações para a saúde pública são amplamente ignoradas. Em vez disso, as pessoas obesas são culpadas pelo seu peso, com percepções comuns de que a estigmatização do peso é justificável e pode motivar os indivíduos a adoptarem comportamentos mais saudáveis. Examinamos as evidências para abordar essas suposições e discutir suas implicações para a saúde pública. Com base nas descobertas atuais, propomos que o estigma do peso não é uma ferramenta benéfica de saúde pública para reduzir a obesidade. Pelo contrário, a estigmatização dos indivíduos obesos ameaça a saúde, gera disparidades na saúde e interfere nos esforços eficazes de intervenção na obesidade. Estas conclusões destacam o estigma do peso como uma questão de justiça social e uma prioridade para a saúde pública.