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O que as crianças e os adolescentes dizem que comem é o que comem e, até ao final da década de 1980, este era o status quo no que diz respeito à avaliação da sua ingestão alimentar. Foi amplamente assumido que os erros na avaliação dietética de adultos e jovens eram aleatórios e, na ausência de marcadores objetivos e independentes da ingestão alimentar, os dados dietéticos foram tacitamente assumidos como fornecendo medidas válidas da ingestão habitual. No entanto, durante a década de 1990, estudos objectivos de validação que utilizaram estimativas do gasto energético através do método da água duplamente rotulada como biomarcador da ingestão energética demonstraram conclusivamente que muitos dos dados alimentares dos jovens eram propensos a relatórios tendenciosos, na sua maioria subnotificados.