Não possui cadastro?

Cadastre-se

Já possui conta?

Faça login

Pagamento aprovado... Acessos liberados

Seu pedido foi aprovado com sucesso

Já liberamos o acesso ao espaço exclusivo para assinantes.

Acessar área exclusiva

Pedido não processado :(

Infelizmente o seu pedido não foi processado pela operadora de cartão de crédito

Tente novamente clicando no botão abaixo

Voltar para o checkout

Biblioteca

Urbanization and cardiovascular health among Indigenous groups in Brazil

Favoritos de PBO Artigo de periódico
Urbanization and cardiovascular health among Indigenous groups in Brazil
2023
Acusar erro

Hoja de publicación

Nome da publicação: Urbanization and cardiovascular health among Indigenous groups in Brazil

Autores: Anderson da Costa Armstrong, Carlos Dornels Freire de Souza, Juracy Marques dos Santos, Rodrigo Feliciano do Carmo, Dinani Matoso Fialho de Oliveira Armstrong, Vanessa Cardoso Pereira, Ana Marice Ladeia, Luis Claudio Lemos Correia, Manoel Barral-Netto, Joao Augusto Costa Lima

Fuente: Communications Medicine

Publicado en: 2023

Tipo de archivo: Artigo de periódico

Enlace al original

Resumen

We described the prevalence of cardiovascular risk factors in groups of Brazilian Indigenous people at different degrees of urbanization. The Project of Atherosclerosis among Indigenous populations (Projeto de Aterosclerose em Indígenas; PAI) is a cross-sectional study conducted in Northeast Brazil between August 2016–June 2017. It included three populations: Fulni-ô Indigenous people (lowest degree of urbanization), Truká Indigenous people (greater urbanization), and a highly urbanized non-Indigenous local cohort (control group). Participants were assessed to register sociodemographic, anthropometric, as well as clinical and laboratory-derived cardiovascular (CV) risk parameters. Age-adjusted prevalence of hypertension was also computed. Nonparametric tests were used for group comparisons. Here we included 999 participants, with a predominance of females in all three groups (68.3% Control group, 65.0% Fulni-ô indigenous group, and 60.1% Truká indigenous group). Obesity was present in 45.6% of the urban non-Indigenous population, 37.7% Truká and in 27.6% Fulni-ô participants. The prevalence of hypertension was 29.1% (n = 297) with lower prevalence in the less urbanized Fulni-ô people (Fulni-ô – 18.2%; Truká – 33.9%; and Control – 33.8%; p < 0.001). In the elderly male population, the prevalence of hypertension was 18.7% in the Fulni-ô, 45.8% in the Truká, and 54.5% in the control group. Of the 342 participants that self-reported hypertension, 37.5% (n = 68) showed uncontrolled blood pressure (BP). Uncontrolled BP was more prevalent among Truká people when compared to Fulni-ô people and non-Indigenous participants (45.4%, 22.9%, and 40.7%, respectively; p < 0.001). We found a higher cardiovascular risk in communities with a higher degree of urbanization, suggesting that living in towns and cities may have a negative impact on these aspects of cardiovascular health.

Resumen traducido por

Descrevemos a prevalência de fatores de risco cardiovascular em grupos de povos indígenas brasileiros em diferentes graus de urbanização. O Projeto de Aterosclerose em Populações Indígenas (Projeto de Aterosclerose em Indígenas; PAI) é um estudo transversal realizado no Nordeste do Brasil entre agosto de 2016 e junho de 2017. Incluiu três populações: Indígenas Fulni-ô (menor grau de urbanização), Povos indígenas Truká (maior urbanização) e uma coorte local não indígena altamente urbanizada (grupo de controle). Os participantes foram avaliados para registrar parâmetros sociodemográficos, antropométricos, bem como parâmetros de risco cardiovascular (CV) clínicos e laboratoriais. A prevalência de hipertensão ajustada por idade também foi calculada. Testes não paramétricos foram utilizados para comparações entre grupos. Aqui incluímos 999 participantes, com predominância do sexo feminino nos três grupos (68,3% grupo controle, 65,0% grupo indígena Fulni-ô e 60,1% grupo indígena Truká). A obesidade estava presente em 45,6% da população não indígena urbana, 37,7% Truká e 27,6% Fulni-ô. A prevalência de hipertensão foi de 29,1% (n = 297) com menor prevalência nos Fulni-ô menos urbanizados (Fulni-ô – 18,2%; Truká – 33,9%; e Controle – 33,8%; p < 0,001). Na população idosa masculina, a prevalência de hipertensão foi de 18,7% nos Fulni-ô, 45,8% nos Truká e 54,5% no grupo controle. Dos 342 participantes que autorreferiram hipertensão, 37,5% (n = 68) apresentaram pressão arterial (PA) não controlada. A PA não controlada foi mais prevalente entre os Truká quando comparados aos Fulni-ô e aos participantes não indígenas (45,4%, 22,9% e 40,7%, respectivamente; p < 0,001). Encontrámos um maior risco cardiovascular em comunidades com maior grau de urbanização, sugerindo que viver em vilas e cidades pode ter um impacto negativo nestes aspectos da saúde cardiovascular.

Conteúdo exclusivo para assinantes

Conheça os planos de assinatura aqui

Por que o tema é relevante?

Comunidades indígenas tradicionais são mais vulneráveis à transição epidemiológica de doenças infecto contagiosas para as doenças crônicas não-transmissíveis, incluindo as doenças cardiovasculares. Estas são a principal causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Porém, pouco se sabe sobre a real presença dessas doenças entre indígenas, uma vez que estes povos são sistematicamente sub representados nos estudos populacionais. 

Qual é o objetivo do artigo?

Avaliar a prevalência de fatores de risco cardiovasculares em comunidades indígenas que vivem em diferentes graus de urbanização na Bacia do Rio São Francisco. 

Quais as principais conclusões?

Os resultados apresentados fazem parte do Projeto de Aterosclerose nas Populações Indígenas (PAI). Este foi um estudo transversal realizado entre 2016-2017, com pessoas de três comunidades, com diferentes níveis de urbanização: grupo indígena Fulni-ô, com menor grau de urbanização, grupo indígena Truká, com nível intermediário, e moradores da cidade de Juazeiro altamente urbanizada. A análise dos dados mostrou que:

  • Os grupos estudados eram compostos, em sua maioria, por pessoas com excesso de peso, sendo a prevalência de sobrepeso/obesidade foi de 72% no grupo Fulni-ô, 75% no grupo Truká e 79,5% em residentes de Juazeiro (Tabela 1);
  • Na avaliação da distribuição de gordura corporal:
    • Pessoas de Juazeiro apresentavam a maior razão cintura-quadril; 
    • Os homens do grupo Fulni-ô tinham a maior circunferência do pescoço e os do grupo Truká a maior razão cintura-quadril;
    • Por sua vez, as mulheres residentes em Juazeiro tinham a maior circunferência da cintura e razão cintura-quadril.
  • A prevalência de hipertensão arterial e/ou uso de medicação para controlar a pressão foi menor no grupo Fulni-ô (29,1%) comparado ao Truká (33,9%) e à população urbanizada de Juazeiro (33,8%);
  • No entanto, indivíduos do grupo Truká apresentavam pior controle da pressão arterial do que os demais.

Ao sumarizar os principais achados, foi possível concluir que a população indígena menos urbanizada, Fulni-ô, apresentava menos fatores de risco cardiovasculares do que os demais grupos. Porém, no contexto das populações indígenas estudadas, o aumento do grau de urbanização levou à piora dos fatores de risco cardiovasculares.