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Uma complicação de longo prazo da obesidade é o desenvolvimento de diabetes tipo 2 (DT2). Pacientes com DM2 foram descritos como apresentando modificações epigenéticas. Epigenética é a modificação pós-transcricional do DNA ou de fatores associados contendo informação genética. Estas modificações influenciadas pelo ambiente, mantidas durante a divisão celular, causam alterações estáveis ​​na expressão genética. As modificações epigenéticas do DM2 são metilação do DNA, acetilação, ubiquitilação, SUMOilação e fosforilação no resíduo de lisina no terminal amino das histonas, afetando DNA, histonas e RNA não codificante. A metilação do DNA foi demonstrada em ilhotas pancreáticas, tecido adiposo, músculo esquelético e fígado. Além disso, alterações epigenéticas foram observadas em complicações crônicas do DM2, como nefropatia diabética, retinopatia diabética e neuropatia diabética. Recentemente, foi desenvolvido um novo medicamento que atua em bromodomínios e proteínas de domínio extraterminal (BET), que funcionam como leitores epigenéticos e se comunicam com a cromatina para tornar o DNA acessível para transcrição, inibindo-os. Este medicamento (apabetalona) está sendo estudado para prevenir eventos cardiovasculares adversos importantes em pessoas com DM2, colesterol HDL baixo, insuficiência renal crônica e eventos coronários recentes. Esta revisão tem como objetivo descrever a relação entre obesidade, complicações em longo prazo, como DM2, e modificações epigenéticas e seus possíveis tratamentos.