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O uso das mídias sociais é parte integrante da vida de muitos adolescentes. Traz benefícios, mas também pode ter efeitos prejudiciais à saúde física e mental. Conduzimos uma revisão sistemática examinando associações entre o uso de mídias sociais, saúde mental de adolescentes (incluindo imagem corporal, autoestima, estresse, relacionamentos interpessoais e solidão, ansiedade e sintomas depressivos) e resultados dietéticos. Estudos quantitativos publicados entre 2019 e 2023 que investigaram tanto a saúde mental como a dieta alimentar foram pesquisados ​​em 11 bases de dados. O risco de viés foi avaliado pelo ROBINS-E. Os dados foram sintetizados narrativamente por tipo de associação, características de equidade em saúde do PROGRESS-Plus e relacionados aos influenciadores das mídias sociais. Foram incluídos 21 estudos, dos quais apenas um enfocou influenciadores. Sexo/género foi a única característica de equidade avaliada (n = 8), com resultados mistos. As descobertas sugerem correlações positivas significativas entre o uso de mídias sociais e sintomas depressivos e de transtorno alimentar, insatisfação corporal e ansiedade. Quatro estudos identificaram a imagem corporal, a autoestima ou a ansiedade como moderadores que atuam entre a exposição nas redes sociais e os resultados dietéticos. São necessárias intervenções políticas que mitiguem o impacto das redes sociais nos adolescentes – especialmente a imagem corporal e os distúrbios alimentares –, juntamente com estudos de acompanhamento sobre as vias causais, o papel dos influenciadores, os impactos na equidade, a ingestão alimentar e as melhores ferramentas de medição a utilizar.