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Antecedentes Colocar limitações à publicidade de alimentos e bebidas não alcoólicas para crianças é uma estratégia eficaz no combate à obesidade infantil. A indústria afirma que novas restrições são desnecessárias. Objectivos Verificar se as campanhas publicitárias tiveram sucesso de acordo com as avaliações da indústria e, mais especificamente, os efeitos do marketing nas crianças. Materiais e Métodos Foram revisados ​​um total de 117 estudos de caso (1980–2016) publicados pela indústria publicitária que avaliam os efeitos das campanhas publicitárias. Esta fonte de dados da indústria já havia sido usada anteriormente para analisar os efeitos das campanhas publicitárias de bebidas alcoólicas. O perfil nutricional dos produtos foi avaliado aplicando o modelo de Perfil Nutricional da Organização Mundial da Saúde, desenvolvido para restringir a comercialização de alimentos e bebidas para crianças. Resultados As campanhas publicitárias da indústria de alimentos e bebidas têm como alvo consumidores específicos, incluindo crianças, utilizam diversas técnicas de marketing persuasivas (utilizando celebridades e gamificação), muitas vezes posicionam produtos não saudáveis ​​como saudáveis ​​e levam ao aumento das vendas do produto anunciado com bons retornos sobre o investimento. São resumidas as alegações relacionadas à saúde e os aspectos das campanhas relacionadas à comercialização dos produtos para crianças. Discussão Nossa análise de estudos de caso de alimentos e bebidas não alcoólicas está alinhada com análises semelhantes de publicidade de tabaco e álcool Conclusão Esta análise, baseada em dados internos da indústria, apresenta evidências importantes sobre os efeitos da publicidade nos resultados relacionados ao consumo e os mecanismos pelos quais eles são alcançados.