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Association of body mass index and age with morbidity and mortality in patients hospitalized with COVID-19: results from the american heart association COVID-19 cardiovascular disease registry

Favoritos de PBO Artigo de periódico
Association of body mass index and age with morbidity and mortality in patients hospitalized with COVID-19
2021
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Hoja de publicación

Nome da publicação: Association of body mass index and age with morbidity and mortality in patients hospitalized with COVID-19: results from the american heart association COVID-19 cardiovascular disease registry

Autores: Nicholas S. Hendren, James A. de Lemos, Colby Ayers, Sandeep R. Das, Anjali Rao, Spencer Carter, Anna Rosenblatt, Jason Walchok, Wally Omar, Rohan Khera, Anita A. Hegde, Mark H. Drazner, Ian J. Neeland, Justin L. Grodin

Fuente: Circulation

Publicado en: 2021

Tipo de archivo: Artigo de periódico

Tipo de estudio: Revisão

Enlace al original

Resumen

Obesity may contribute to adverse outcomes in coronavirus disease 2019 (COVID-19). However, studies of large, broadly generalizable patient populations are lacking, and the effect of body mass index (BMI) on COVID-19 outcomes— particularly in younger adults—remains uncertain. Obese patients are more likely to be hospitalized with COVID-19, and are at higher risk of in-hospital death or mechanical ventilation, in particular, if young (age ≤50 years). Obese patients are also at higher risk for venous thromboembolism and dialysis. These observations support clear public health messaging and rigorous adherence to COVID-19 prevention strategies in all obese individuals regardless of age.

Resumen traducido por

A obesidade pode contribuir para resultados adversos na doença por coronavírus 2019 (COVID-19). No entanto, faltam estudos de populações de pacientes grandes e amplamente generalizáveis, e o efeito do índice de massa corporal (IMC) nos resultados da COVID-19 – particularmente em adultos mais jovens – permanece incerto. Pacientes obesos têm maior probabilidade de serem hospitalizados com COVID-19 e correm maior risco de morte hospitalar ou ventilação mecânica, principalmente se forem jovens (idade ≤50 anos). Pacientes obesos também apresentam maior risco de tromboembolismo venoso e diálise. Estas observações apoiam mensagens claras de saúde pública e adesão rigorosa às estratégias de prevenção da COVID-19 em todos os indivíduos obesos, independentemente da idade.

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Por que o tema é relevante?

Três meses após o primeiro caso, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia da COVID-19. Essa doença vitimou milhões de pessoas no mundo. Estudos sugerem que a obesidade é um fator de risco da COVID-19, contribuindo para hospitalizações e mortes, inclusive em pessoas jovens. Entretanto, não está claro em qual extensão o índice de massa corporal (IMC) é um fator agravante mais relevante que a própria idade nessas pessoas. Responder esse questionamento pode contribuir para estratégias de prevenção mais eficazes.

Qual é o objetivo do estudo?

Este trabalho analisou os registros de pacientes hospitalizados pela COVID-19 para determinar a relação existente entre o IMC e a mortalidade intra-hospitalar, a necessidade de ventilação mecânica, a presença de eventos cardiovasculares adversos e as intercorrências renais e tromboembólicas.

Quais as principais conclusões?

Os autores encontraram que:

  • após ajuste para idade, sexo e etnia, pessoas com obesidade tiveram maior chance de ventilação mecânica e mortalidade hospitalar comparado com indivíduos com peso na faixa de normalidade. Quando ponderado o histórico de doença cardiovascular, hipertensão, diabetes mellitus e doença renal crônica o risco aumentava progressivamente, sendo 1,80 vezes maior na obesidade grau III. 
  • sob o aspecto individual, a chance de morte foi 1,26 maior em pessoas com IMC acima de 40 kg/m² e o risco de ventilação mecânica foi 1,68 vezes o de indivíduos eutróficos.
  • a obesidade teve associação com a necessidade de terapia renal substitutiva. O risco foi 1,87 vezes maior para pessoas com grau I de obesidade, 2,86 para aqueles com grau II e 3,86 para indivíduos grau III.
  • na comparação do efeito da obesidade nas diferentes faixas etárias, ela se mostrou um fator mais importante para o pior prognóstico da doença do que o  próprio efeito protetor da idade. 
    • O IMC ≥ 40 kg/m² impactou mais a mortalidade e necessidade de ventilação mecânica em pessoas com ≤ 51 anos (razão de chance de 1,64) do que nos indivíduos com idade de 51 a 70 anos (razão de chance de 1,40); e, não foi um aspecto significativo para o óbito em naqueles com mais de 70 anos. 
    • A inclinação da curva do risco de morte claramente aumenta a partir do índice de massa corporal de 40 kg/m² em pessoas com ≤ 51 anos (razão de risco de 1,36), mas permanece achatada nos grupos com 51 a 70 anos e com mais de 70 anos, indicando ausência de risco para estes indivíduos.

Apesar das limitações da pesquisa, devido a sua natureza observacional, as dificuldades inerentes a análise de registros clínicos e a inclusão somente de hospitais de grande porte presentes em centros urbanos, os seus resultados são robustos. Foi possível concluir que o efeito protetor da idade não se aplica a pessoas com obesidade grau III. Desta forma, a elevada prevalência de pessoas com obesidade no quadro de internações por COVID-19 é um aspecto que chama a atenção, assim como o fato deles serem mais jovens em relação aos indivíduos com peso normal. Em termos de saúde pública, propagandas direcionadas aos jovens com obesidade são necessárias para que eles não subestimem os seus riscos diante da gravidade da COVID-19.