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European association for the study of obesity position statement on medical nutrition therapy for the management of overweight and obesity in adults developed in collaboration with the european federation of the associations of dietitians

Favoritos de PBO Artigo de periódico
European association for the study of obesity position statement on medical nutrition therapy for the management of overweight and obesity in adults developed in col...
2023
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Hoja de publicación

Nome da publicação: European association for the study of obesity position statement on medical nutrition therapy for the management of overweight and obesity in adults developed in collaboration with the european federation of the associations of dietitians

Autores: Maria Hassapidou, Antonis Vlassopoulos, Marianna Kalliostra, Elisabeth Govers, Hilda Mulrooney, Louisa Ells, Ximena Ramos Salas, Giovanna Muscogiuri, Teodora Handjieva Darleska, Luca Busetto, Volkan Demirhan Yumuk, Dror Dicker, Jason Halford, Euan Woodward, Pauline Douglas, Jennifer Brown, Tamara Brown

Fuente: Obesity Facts

Publicado en: 2023

Tipo de archivo: Artigo de periódico

Enlace al original

Resumen

Introduction: Obesity affects nearly 1 in 4 European adults increasing their risk for mortality and physical and psychological morbidity. Obesity is a chronic relapsing disease characterized by abnormal or excessive adiposity with risks to health. Medical nutrition therapy based on the latest scientific evidence should be offered to all Europeans living with obesity as part of obesity treatment interventions. Methods: A systematic review was conducted to identify the latest evidence published in the November 2018–March 2021 period and to synthesize them in the European guidelines for medical nutrition therapy in adult obesity. Results: Medical nutrition therapy should be administered by trained dietitians as part of a multidisciplinary team and should aim to achieve positive health outcomes, not solely weight changes. A diverse range of nutrition interventions are shown to be effective in the treatment of obesity and its comorbidities, and dietitians should consider all options and deliver personalized interventions. Although caloric restriction-based interventions are effective in promoting weight reduction, long-term adherence to behavioural changes may be better supported via alternative interventions based on eating patterns, food quality, and mindfulness. The Mediterranean diet, vegetarian diets, the Dietary Approaches to Stop Hypertension, portfolio diet, Nordic, and low-carbohydrate diets have all been associated with improvement in metabolic health with or without changes in body weight. In the November 2018–March 2021 period, the latest evidence published focused around intermittent fasting and meal replacements as obesity treatment options. Although the role of meal replacements is further strengthened by the new evidence, for intermittent fasting no evidence of significant advantage over and above continuous energy restriction was found. Pulses, fruit and vegetables, nuts, whole grains, and dairy foods are also important elements in the medical nutrition therapy of adult obesity. Discussion: Any nutrition intervention should be based on a detailed nutritional assessment including an assessment of personal values, preferences, and social determinants of eating habits. Dietitians are expected to design interventions that are flexible and person centred. Approaches that avoid caloric restriction or detailed eating plans (non-dieting approaches) are also recommended for improvement of quality of life and body image perceptions.

Resumen traducido por

Introdução: A obesidade afecta quase 1 em cada 4 adultos europeus, aumentando o risco de mortalidade e morbilidade física e psicológica. A obesidade é uma doença crônica recidivante caracterizada por adiposidade anormal ou excessiva com riscos à saúde. A terapia nutricional médica baseada nas mais recentes evidências científicas deve ser oferecida a todos os europeus que vivem com obesidade como parte das intervenções de tratamento da obesidade. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática para identificar as evidências mais recentes publicadas no período de novembro de 2018 a março de 2021 e para sintetizá-las nas diretrizes europeias para terapia nutricional médica na obesidade adulta. Resultados: A terapia nutricional médica deve ser administrada por nutricionistas treinados como parte de uma equipe multidisciplinar e deve ter como objetivo alcançar resultados positivos para a saúde, e não apenas alterações de peso. Uma gama diversificada de intervenções nutricionais demonstrou ser eficaz no tratamento da obesidade e das suas comorbidades, e os nutricionistas devem considerar todas as opções e fornecer intervenções personalizadas. Embora as intervenções baseadas na restrição calórica sejam eficazes na promoção da redução de peso, a adesão a longo prazo às mudanças comportamentais pode ser melhor apoiada através de intervenções alternativas baseadas nos padrões alimentares, na qualidade dos alimentos e na atenção plena. A dieta mediterrânea, as dietas vegetarianas, as abordagens dietéticas para parar a hipertensão, a dieta de portfólio, as dietas nórdicas e com baixo teor de carboidratos têm sido associadas à melhoria da saúde metabólica, com ou sem alterações no peso corporal. No período de novembro de 2018 a março de 2021, as últimas evidências publicadas concentraram-se no jejum intermitente e nos substitutos de refeições como opções de tratamento da obesidade. Embora o papel dos substitutos de refeição seja ainda mais fortalecido pelas novas evidências, para o jejum intermitente não foi encontrada nenhuma evidência de vantagem significativa em relação à restrição energética contínua. Leguminosas, frutas e vegetais, nozes, grãos integrais e laticínios também são elementos importantes na terapia nutricional médica da obesidade adulta. Discussão: Qualquer intervenção nutricional deve basear-se numa avaliação nutricional detalhada, incluindo uma avaliação de valores pessoais, preferências e determinantes sociais dos hábitos alimentares. Espera-se que os nutricionistas concebam intervenções que sejam flexíveis e centradas na pessoa. Abordagens que evitam restrição calórica ou planos alimentares detalhados (abordagens sem dieta) também são recomendadas para melhoria da qualidade de vida e da percepção da imagem corporal.

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Por que o tema é relevante?

A terapia nutricional baseada nas evidências científicas mais recentes deve ser oferecida a todas as pessoas que vivem com obesidade como parte do tratamento desta doença. 

Qual é o objetivo do documento?

Apresentar as últimas diretrizes clínicas européias no manejo nutricional de pessoas com obesidade.

Quais as principais conclusões?

O acompanhamento nutricional deve ser realizado por nutricionista como parte de um atendimento multidisciplinar para promover hábitos de vida saudáveis, e não somente a perda de peso. Diversas intervenções nutricionais podem trazer resultados positivos no tratamento da obesidade e suas comorbidades. Por isso, cabe ao profissional considerar a melhor opção para a pessoa que está em acompanhamento. Destaca-se:

  • Embora a restrição calórica seja eficaz em promover a perda de peso,  a adesão às mudanças comportamentais por meio de intervenções baseadas no padrão alimentar, qualidade da dieta e atenção plena, a longo prazo, podem ter um resultado melhor;
  •  A abordagem dietética para controle da hipertensão (DASH, na sigla em inglês) e as dietas do Mediterrâneo, vegetariana, Portfólio, Nórdica e com baixo teor de carboidratos estão associadas a melhora do metabolismo independente da perda de peso;
  • Leguminosas, frutas e legumes, nozes, grãos integrais e laticínios também são alimentos importantes na terapia nutricional do adulto com obesidade;
  • Adultos com obesidade e intolerância à glicose (pré-diabetes) devem alcançar a perda de 5-7% do peso corporal para controlar a glicemia, pressão arterial, lipídios plasmáticos, risco de diabetes tipo 2, complicações vasculares e mortalidade em geral;
  • Aqueles que possuem diabetes associado à obesidade, devem almejar a perda de 7-15% do peso corporal para reduzir o risco de nefropatia, apnéia obstrutiva do sono e depressão.

Evidências recentes (2018-2021) no manejo da obesidade mostram que substitutos de refeição, modificando uma a duas refeições por dia como parte de uma intervenção restrita em calorias, podem trazer benefícios à saúde e promover a perda de peso. Contudo, a prática de jejum intermitente não é semelhante ou melhor que a restrição energética contínua. Estas são potenciais atualizações que esta diretriz trouxe no tratamento nutricional da obesidade.