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Sabe-se agora que a genética desempenha um papel substancial na predisposição à obesidade e pode contribuir com até 70% de risco para a doença. Mais de cem genes e variantes genéticas relacionadas ao excesso de peso foram descobertos. No entanto, o risco genético de obesidade nem sempre se traduz no desenvolvimento real da obesidade, sugerindo interações complexas entre influências genéticas, comportamentais e ambientais e alterações epigenéticas resultantes. Formas raras, mas graves, de obesidade monogênica geralmente aparecem na primeira infância. A obesidade poligênica é mais comum e demonstra forte interação entre os genes e o ambiente obesogênico. Esta revisão fornece uma visão geral das causas genéticas da obesidade, mecanismos potenciais de mudanças epigenéticas e influências ambientais que devem diminuir o viés da obesidade e oferecer esperança para estratégias mais eficazes de prevenção e intervenção na obesidade.