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Objetivo Investigar fatores associados à omissão do café da manhã em pré-escolares e testar uma relação dose-dependente entre a frequência do consumo do café da manhã e a prevalência de sobrepeso/obesidade. Métodos Trata-se de um estudo transversal, realizado com 463 crianças (24 a 59 meses de idade) residentes na zona urbana de Goiânia, Goiás, Brasil. Dados sociodemográficos, estado nutricional materno-infantil, estilo de vida e práticas alimentares foram coletados por meio de questionário padronizado e Recordatório Alimentar Habitual durante entrevista domiciliar. A omissão do café da manhã foi definida como frequência de consumo “menos de sete dias por semana”. Com base no índice de massa corporal por idade, as crianças foram classificadas como com sobrepeso/obesidade se escore Z ≥2. A regressão logística múltipla foi utilizada para avaliar a associação entre as variáveis ​​pesquisadas e a omissão do café da manhã. A relação dose-dependente entre frequência do café da manhã e sobrepeso/obesidade foi determinada pelo teste de tendência. Resultados A prevalência de omissão do café da manhã foi de 8,42% (IC95%: 6,1-11,3). Houve associação entre o hábito de substituir o jantar por sanduíche/lanche (OR ajustado: 2,61; IC95%: 1,25-5,46; p=0,010) e o excesso de peso da mãe (OR ajustado: 2,63; IC95%: 1,29-5,37). ; p=0,008) com hábito de pular o café da manhã. O teste de tendência mostra que a prevalência de sobrepeso/obesidade diminui à medida que aumenta a frequência de consumo do café da manhã (p=0,035). Além disso, ao avaliar a qualidade do café da manhã, observou-se consumo frequente de alimentos considerados não saudáveis. Conclusão Existe uma associação dose-resposta entre sobrepeso/obesidade e pular o café da manhã. Crianças que substituem o jantar tradicional por um sanduíche/lanche e cujas mães apresentam excesso de peso têm maior probabilidade de pular o café da manhã.