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The prevalence and risk factors for overweight/obesity among Turkish children with neurodevelopmental disorders

Favoritos de PBO Artigo de periódico
The prevalence and risk factors for overweight/obesity among Turkish children with neurodevelopmental disorders
2021
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Nome da publicação: The prevalence and risk factors for overweight/obesity among Turkish children with neurodevelopmental disorders

Fuente: Research in Developmental Disabilities

Publicado en: 2021

Tipo de archivo: Artigo de periódico

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Resumen

To compare the prevalence and correlates of overweight (OW) and obesity (OB) between autism spectrum disorder (ASD), intellectual disability (ID), and attention deficit-hyperactivity disorder (ADHD) and to investigate which variables significantly contribute to OW/OB in each group. OW/OB is prevalent in children with neurodevelopmental disorders regardless of their diagnosis. Our findings showed that food rewards put a higher risk for OW/OB in ASD than administering a psychotropic. It could be better to use other positive reinforcements other than edible ones to prevent OW/OB in these children.

Resumen traducido por

Comparar a prevalência e os correlatos de sobrepeso (EP) e obesidade (OB) entre transtorno do espectro do autismo (TEA), deficiência intelectual (DI) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e investigar quais variáveis ​​contribuem significativamente para EP/OB em cada grupo. EP/OB é prevalente em crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento, independentemente do seu diagnóstico. Nossas descobertas mostraram que as recompensas alimentares apresentam um risco maior de EP/OB no TEA do que a administração de um psicotrópico. Poderia ser melhor usar outros reforços positivos além dos comestíveis para prevenir EP/OB nessas crianças.

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Por que o tema é relevante?

A prevalência de obesidade é maior em pessoas com deficiências.  Intervenções educativas e o monitoramento do peso podem ser  benéficas para essa população. Essa abordagem só é possível  conhecendo as causas do ganho de peso, independente se em  adultos ou crianças com deficiência. Embora o trabalho tenha  sido realizado na Turquia, o tema é relevante independente do  seu país de origem. Os determinantes da obesidade em pessoas  com deficiência necessita de debate para o amplo cuidado à saúde  desses indivíduos.  

Qual é objetivo do estudo?

A pesquisa teve por finalidade determinar a prevalência de excesso de peso  em crianças com alterações no neurodesenvolvimento e os fatores que  contribuem para o sobrepeso e obesidade neste grupo.

Quais as principais conclusões?

Inicialmente, os autores levantaram aspectos relacionados ao excesso de peso em crianças com espectro autista, deficiência intelectual e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). É possível destacar nos indivíduos com deficiência intelectual:

  • menor prática de atividade física devido às dificuldades no controle motor, nas habilidades sociais e no aprendizagem e à necessidade de supervisão;
  • uso de medicações psicotrópicas, que interferem no apetite;
  • modificações dos hábitos alimentares e estilo de vida;
  • problemas familiares; e,
  • presença de alterações genéticas que aumentam a suscetibilidade ao ganho de peso.

Por sua vez, no espectro autista, temos:

  • seletividade alimentar;
  • desafios no próprio momento de comer;
  • uso excessivo de mídias e diminuição das horas de exercício físico;
  • distúrbios do sono; e,
  • abordagens comportamentais clássicas para tratamento do autismo, como o ABA, que utilizam como uma forma de reforço positivo o próprio alimento.

No TDAH, as possíveis causas para o ganho de peso são:

  • dificuldade em manter a atenção e falta de planejamento das refeições que podem dificultar a aderência a uma alimentação regular;
  • inatenção da criança, o que pode limitar a percepção de sinais internos de fome e saciedade; e,
  • estilo de vida sedentário, que envolve várias horas de mídia.

O estudo investigou o nível de atividade física, o tempo gasto com mídias, o uso de alimentos como recompensa, as medidas antropométricas atuais e aspectos sociodemográficos. Os critérios para diagnóstico de obesidade seguiram as orientações da Organização Mundial de Saúde. Foram incluídas na pesquisa 267 crianças, sendo 96 com autismo, 80 com deficiência intelectual e 91 crianças com TDAH, com média de idade variando de  11 a 13 anos.

Dentre os aspectos investigados, foi possível concluir que:

  • a prevalência de excesso de peso foi maior no grupo com deficiência intelectual (40%) comparado com as crianças com autismo (36,4%) e com TDAH (27,5%). As crianças com TDAH apresentaram menores taxas de obesidade (17,6%);
  • a quantidade de horas de tela variou, em média, de 10 a 14 horas nos grupos analisados. Alcançou o valor máximo de 56 horas nas crianças com autismo e deficiência intelectual;
  • mais da metade das crianças praticava menos de uma hora de atividade física, fosse ela estruturada ou não. As crianças com deficiência intelectual tinham, em média, zero horas de exercício físico na semana. Valores mais elevados foram encontrados em crianças TDAH (cerca de 3 horas/semana). No autismo, a maior gravidade da doença levou a um menor tempo gasto com a atividade física. Nestas crianças, o aumento do nível de escolaridade dos pais foi um fator que contribuiu para a maior prática de exercícios;
  • uma em cada três crianças com autismo recebiam recompensas na forma de alimento pelo seus pais e professores, o que foi identificado como fator de risco para o excesso de peso. Este tipo de reforço alimentar era comum em 25,3% das crianças com TDAH e de 21,1% nas com deficiência intelectual; e
  • drogas psicotrópicas eram usadas por todas as crianças com TDAH,  especialmente os estimulantes. No grupo com deficiência intelectual, os antipsicóticos e anticonvulsivantes foram as classes de remédios mais utilizadas. Nas crianças com autismo, os antipsicóticos também se destacaram. Foi encontrada associação, embora fraca, entre o aumento do número de medicações utilizadas e maiores percentis de índice de massa corporal.

Em crianças com alterações no neurodesenvolvimento, a presença de obesidade é multicausal. Além das mudanças do estilo de vida, elas apresentam particularidades que se diferem da população em geral e, por isso, merecem atenção. Desconsiderar esses distintos aspectos é limitar os cuidados de saúde às pessoas com deficiências.