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Obesity and nutrigenetics testing: new insights

Favoritos do PBO Artigo de periódico
Obesity and nutrigenetics testing: new insights
2024
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Obesity and nutrigenetics testing: new insights

Autores: Mychelle Kytchia Rodrigues Nunes Duarte, Lúcia Leite-Lais, Lucymara Fassarella Agnez-Lima, Bruna Leal Lima Maciel, Ana Heloneida De Araújo Morais

Fonte: Nutrients

Publicado em: 2024

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Tipo de estudo: Revisão

Link para o original

Resumo

Obesity results from interactions between environmental factors, lifestyle, and genetics. In this scenario, nutritional genomics and nutrigenetic tests stand out, with the promise of helping patients avoid or treat obesity. This narrative review investigates whether nutrigenetic tests may help to prevent or treat obesity. International Societies, such as the Academy of Nutrition and Dietetics and the Brazilian Association for the Study of Obesity and Metabolic Syndrome, do not recommend nutrigenetic tests to prevent or treat obesity, especially in isolation. Advancing nutrigenetics depends on strengthening three pillars: regulation between countries, scientific evidence with clinical validity, and professional training.

Resumo traduzido por

A obesidade resulta de interações entre fatores ambientais, estilo de vida e genética. Nesse cenário, destacam-se a genômica nutricional e os testes nutrigenéticos, com a promessa de ajudar os pacientes a evitar ou tratar a obesidade. Esta revisão narrativa investiga se os testes nutrigenéticos podem ajudar a prevenir ou tratar a obesidade. Sociedades internacionais, como a Academia de Nutrição e Dietética e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, não recomendam testes nutrigenéticos para prevenir ou tratar a obesidade, principalmente de forma isolada. O avanço da nutrigenética depende do fortalecimento de três pilares: regulação entre países, evidências científicas com validade clínica e formação profissional.

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Por que o tema é relevante?

A nutrição de precisão visa proporcionar recomendações dietéticas personalizadas, otimizando a prevenção, retardando a progressão da doença e melhorando a saúde do indivíduo por meio da compreensão do exposoma do paciente. Assim, é crucial conhecer o perfil genético da obesidade para identificar quantas variantes estão envolvidas nesta doença e orientar o uso da genômica nutricional no tratamento dos pacientes.

Qual é o objetivo do artigo?

Apresentar de forma conceitual, histórica e descritiva a importância e a aplicabilidade dos testes nutrigenéticos no cuidado nutricional da obesidade.

Quais as principais conclusões?

Mais de 1100 loci associados à obesidade já foram identificados em cerca de 60 estudos de associação genômica ampla (GWAS, na sigla em inglês). Quase todos os cromossomos do genoma humano (exceto o Y) contêm pelo menos um locus associado à regulação do peso corporal. Ao considerar aqueles associados ao IMC e à obesidade, mais de 250 loci foram identificados. No entanto, apesar da descoberta de muitos loci genéticos suscetíveis à obesidade, o tamanho do efeito de cada variante no IMC é pequeno, possivelmente devido à influência de fatores ambientais. Assim como um indivíduo pode carregar variantes genéticas relacionadas à obesidade, também pode carregar variantes que conferem proteção contra essa condição. Portanto, o desenvolvimento da doença, mesmo sendo portador de um alelo de risco, será implicado pela exposição aos fatores ambientais promotores da obesidade. Por isso, os testes genéticos preditivos diretos ao consumidor (DTC-GT, na sigla em inglês) podem gerar resultados incertos em relação ao desenvolvimento de uma condição clínica, limitando as recomendações dietéticas personalizadas e gerando discordâncias em questões éticas.

O principal requisito de um teste nutrigenético é especificar uma recomendação dietética comprovadamente benéfica para o indivíduo. É importante observar que esses testes nunca devem ser usados isoladamente para personalizar a dieta. Como resultado, algumas associações profissionais, como a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos, não endossam o uso de recomendações dietéticas baseadas em testes de nutrigenética na prática clínica.

 

Segundo a Abeso, 

“[…] Apesar do número crescente de investigações acerca das: 1) modificações no padrão da expressão gênica induzidas por alimentos; 2) alterações no padrão de resposta ao metabolismo de nutrientes de acordo com modificações genéticas entre indivíduos; e 3) modificações pré e pós-parto na estrutura e funcionamento da cromatina induzida por nutrientes, definindo as condições metabólicas dos descendentes, define-se: não há evidência científica suficiente ou mesmo razoável para a utilização de “painéis de exames genéticos” voltados ao tratamento ou prevenção da obesidade, portanto, não sendo recomendado seu uso.” Classe de recomendação III e nível de evidência A, ou seja, não é recomendado com base em um nível de evidência obtido de múltiplos ensaios clínicos controlados e randomizados (ABESO, 2022).