Resumo traduzido por

A obesidade é uma doença altamente prevalente com inúmeras complicações. Tanto o tratamento médico intensivo com o uso de medicamentos farmacológicos quanto a cirurgia bariátrica são opções atuais. O objetivo desta meta-análise foi comparar, a longo prazo, o tratamento médico intensivo e a cirurgia com base em doze parâmetros relacionados à perda de peso, alterações cardiovasculares e endócrinas. Uma revisão da literatura foi conduzida de acordo com as diretrizes PRISMA (PROSPERO: CRD42021265637). A triagem da literatura foi feita desde o início até outubro de 2023 por meio dos bancos de dados PubMed, EMBASE e Web of Science. Incluímos ensaios clínicos randomizados que tinham grupos separados para tratamento médico e cirurgia bariátrica como intervenção para obesidade. O risco de viés foi avaliado por meio do RoB2. Uma meta-análise foi realizada com medidas de heterogeneidade e viés de publicação. A análise de subgrupos para cada tipo de cirurgia foi realizada. Os dados são apresentados como gráficos de floresta. Os revisores identificaram independentemente 6.719 artigos e 6 artigos com um total de 427 pacientes foram incluídos. Todos os estudos foram ensaios clínicos randomizados, três tiveram um acompanhamento de 5 anos e dois tiveram um acompanhamento de 10 anos. Ambos os grupos demonstraram significância estatística para a maioria dos parâmetros estudados. A cirurgia foi superior para perda de peso (− 22,05 kg [− 28,86; − 15,23), colesterol total (− 0,88 [− 1,59; − 0,17]), triglicerídeos (− 0,70 [− 0,82; − 0,59]), HDL (0,12 [0,02; 0,23]), pressão sistólica (− 4,49 [− 7,65; − 1,33]), pressão diastólica (− 2,28 [− 4,25; − 0,31]), Hb glicada (− 0,97 [− 1,31; − 0,62]), HOMA IR (− 2,94; [− 3,52; − 2,35]) e risco cardiovascular (− 0,08; [− 0,10; − 0,05]). Os pacientes no grupo de tratamento cirúrgico apresentaram melhores resultados a longo prazo quando comparados ao grupo não cirúrgico para a maioria dos parâmetros clínicos.