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Educação permanente ajuda no engajamento no cuidado da obesidade; saiba como implementar

Educação permanente é estratégia do SUS para a formação e desenvolvimento de profissionais da área

André Derviche Carvalho

12 de nov de 2024 (atualizado 12 de nov de 2024 às 11h54)

A educação permanente em obesidade, quando difundida entre profissionais e gestores de saúde, tem o potencial de tornar o cuidado da obesidade mais efetivo. Descrita como uma prática de ensino-aprendizagem, a educação permanente acolhe melhor o paciente com obesidade e melhora sua adesão ao tratamento. Conheça o conceito e saiba quais são as estratégias para implementá-lo.

Educação permanente é também uma política de educação na saúde, que visa produzir conhecimentos a partir do cotidiano de trabalho em instituições de saúde. Nesse sentido, a educação permanente envolve os profissionais de saúde ligados diretamento ao atendimento médico, os gestores de saúde e os próprios pacientes e seus respectivos familiares.

O Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde em fevereiro de 2004. De acordo com a portaria correspondente, a educação permanente deve ser uma estratégia do SUS (Sistema Único de Saúde) para a formação e desenvolvimento de profissionais da área.

Assim, a educação permanente em saúde baseia-se em alguns pilares: no desenvolvimento pessoal e profissional; na escuta e cuidado no tratamento; na produção de novas práticas e processos dentro do trabalho; em intervenções. “Nós, profissionais da saúde, precisamos todos os dias buscar uma aprendizagem reflexiva e significativa”, explica a professora Yara Fidelix, do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco).

O cuidado da obesidade

No caso do cuidado da obesidade, adotar estratégias de educação permanente tem o potencial de reduzir o estigma que profissionais têm sobre a doença. “O estigma da obesidade ainda é amplamente cometido por profissionais de saúde quando eles priorizam apenas a redução de peso como meta terapêutica em detrimento do processo de escuta e acolhimento, que são algumas das bases para a adesão do paciente ao tratamento”, diz a professora Yara.

Portanto, estimular a educação permanente é também tornar o cuidado da obesidade mais efetivo. Isso porque há uma adesão maior do paciente às intervenções propostas.

Com isso, a ideia é ter uma relação horizontal entre profissional de saúde e paciente: “É necessário que os profissionais de saúde estejam sensíveis a essas questões e que consigam ouvir essas pessoas com menos julgamento. O indivíduo pode ser protagonista do seu tratamento, ele precisa se conscientizar e aquela informação que a gente passa precisa fazer sentido”, sugere a professora Yara.

Estratégias para implementar educação permanente

Além disso, para combater alguns desafios que diminuem o engajamento e sucesso no tratamento da obesidade, há algumas estratégias possíveis de educação permanente.

Uma sugestão é implementar grupos de apoio para o cuidado da obesidade. Nesse sentido, os pacientes são estimulados a compartilhar experiências e dificuldades junto a pessoas que se encontram em situação semelhante. O ideal é ter um profissional de saúde, como um nutricionista, coordenando os encontros em grupo.

“Atividades grupais podem ser excelentes para aumentar a rede de apoio e o encorajamento para a mudança de comportamento. Isso é extremamente importante no tratamento da obesidade”, explica a professora Yara. Por meio de atividades coletivas e sessões individuais de psicologia, os indivíduos ganham confiança para expor seus sentimentos.

Do mesmo modo, a escuta é outra estratégia que parte diretamente da educação permanente em saúde. Por meio dela, o profissional de saúde conhece a história e as barreiras que seu paciente enfrenta, podendo melhorar o tratamento. “Não tem como fazer um bom atendimento sem escutar o que o paciente tem a nos dizer. Escutar e a partir disso pensar em estratégias é extremamente importante para que essas atividades possam durar a longo prazo”, continua a professora.

Além de tudo isso, estudos comprovam a eficiência no uso de podcasts e de outras tecnologias como potencializadoras na prática da educação permanente.