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Agroecologia é alternativa para insegurança alimentar

Segundo IBGE, 27,6% dos lares brasileiros enfrentam insegurança alimentar e agroecologia ajuda a reverter esse problema

André Derviche Carvalho

1 de jul de 2025 (atualizado 1 de jul de 2025 às 15h48)

“Só é possível garantir a segurança alimentar e nutricional por meio da agroecologia”, defende o professor Diomar Augusto de Quadros, da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Na busca por nutrição, alimentos da agroecologia também ganham destaque no manejo da obesidade. Nesse caminho, porém, ainda surgem desafios como a falta de políticas públicas e a dificuldade de acesso à alimentação saudável.

A agroecologia é a gestão ecológica de recursos naturais. Com ela, é possível fazer frente a crises como a de insegurança alimentar e até mesmo a de emergência climática. Isso porque as práticas agroecológicas são sustentáveis. No campo da alimentação, a agroecologia surge com a produção de alimentos orgânicos, que têm um valor nutricional maior.

“Agroecologia promove saúde. Trata-se de alimentos livres de contaminantes e agrotóxicos, que são provenientes de um sistema produtivo saudável”, explica o professor Diomar. Ele indica que é possível verificar se a sua região possui feiras de alimentos orgânicos no site feirasorganicas.org.br, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Inclusive, feiras livres são ótimos ambientes para promoção da agroecologia. Por meio delas, pequenos produtores se aproximam do consumidor final e vendem alimentos mais saudáveis. Porém, essa relação depende de estímulo do governo. Por exemplo, na cidade de Litoral, no Paraná, o poder público monta cestas agroecológicas e compra alimentos da agricultura familiar.

“É importante adquirir alimentos orgânicos e de base agroecológica diretamente com os produtores. É uma forma de promover a agroecologia”, indica o professor.

Acesso à agroecologia

Além disso, um dos fatores que dificultam o acesso a alimentos vindos da agroecologia é o preço. Por isso, além de adquirir alimentos desse campo, o poder público também deve se mobilizar para estimular seu consumo. “O alimento orgânico acaba sendo um nicho de mercado. Se houvesse políticas públicas que estimulassem o aumento da produção desses alimentos, o preço diminuiria”, comenta o professor.

Assim, uma forma de popularizar o alimento orgânico seria, por exemplo, a taxação de alimentos industrializados. “É importante ter políticas para agricultura familiar, com recursos financeiros, que estimulem essa produção de alimentos de forma sustentável.”

Insegurança alimentar

O cenário de insegurança alimentar no Brasil está expresso de duas formas: pela fome e pela obesidade. Nesse sentido, as duas condições falam sobre carências nutricionais e têm a agroecologia como saída possível. Em 2023, 27,6% dos domicílios brasileiros enfrentaram algum grau de insegurança alimentar, de acordo com o IBGE.

Com isso, a agroecologia também surge como um caminho para garantir um direito constitucional que é o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.