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Inteligência artificial traz avanços no cuidado em saúde

Ferramenta é mais uma tecnologia que pode apoiar o trabalho do profissional de saúde

André Derviche Carvalho

11 de set de 2025 (atualizado 11 de set de 2025 às 16h49)

No Brasil, 17% dos médicos utilizam tecnologias de inteligência artificial generativa em suas rotinas profissionais. Os dados são da pesquisa TIC Saúde 2024, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

Apesar dos benefícios trazidos ao cuidado em saúde, o uso de inteligência artificial nesse campo ainda tem obstáculos, como compreensão do papel da tecnologia e falta de capacitação profissional.

A pesquisa TIC Saúde 2024 mostrou que profissionais de saúde brasileiros costumam usar IA generativa com automatização de fluxos de trabalho, ferramentas como Chat GPT e análise de linguagem escrita. Porém, os usos podem ir muito além. Algoritmos de inteligência artificial, por exemplo, podem prever asma e diabetes, possibilitando um trabalho de prevenção.

Além disso, o uso de chatbots (agentes digitais que conversam com pacientes) e aplicativos aumenta a adesão de pacientes a tratamentos de saúde. “A inteligência artificial é viva e está aprendendo. Ela é uma ferramenta — o conhecimento é do médico”, destacou Iseli Reis, CEO da Fleximedical. Com isso, a tecnologia surge como uma ferramenta complementar ao trabalho do médico e nem sempre substitui a interface com o paciente.

Inteligência artificial e saúde na prática

A Fleximedical, em parceria com o aplicativo Glic, voltado ao tratamento de diabetes, realizaram um experimento que usou inteligência artificial no cuidado em saúde. Nesse caso, o objetivo era apoiar o monitoramento de pessoas com glicemia alta. A iniciativa envolveu chatbot no celular para acompanhar a jornada de cuidado do paciente.

Os resultados mostraram que, das 77 pessoas atendidas, 29 estavam com a glicemia acima do recomendado em Arujá, no estado de São Paulo. Além disso, dentro desse grupo, muitos não tinham diagnóstico ou sequer aderiram ao tratamento. Assim, Iseli ressalta a importância da tecnologia para apoiar o paciente na sua jornada de tratamento.

Capacitação profissional

Um dos obstáculos para maior disseminação da inteligência artificial no cuidado em saúde é a capacitação profissional. Ou seja, muitos profissionais de saúde não têm formação adequada para usar essa tecnologia. Com isso, pode haver uma resistência maior na adesão. “Só vai andar quando for currículo obrigatório”, defende Iseli. Ela lembra de ferramentas como a telemedicina e a telefarmacologia.

“Disrupções acontecem na história o tempo todo. É importante as pessoas estarem abertas a essas disrupções. Precisamos trabalhar a abertura a essa questão da tecnologia. Quando as pessoas enxergarem o valor que tem na vida do paciente, elas vão começar a aderir. Quando gerar valor efetivamente, estamos em uma fase de transição”, diz Iseli.