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Terapia comportamental traz olhar integral à obesidade

Especialista reforça que abordagem combate o estigma e traz tratamento mais aderente à realidade do paciente

André Derviche Carvalho

3 de out de 2025 (atualizado 3 de out de 2025 às 14h33)

O tratamento da obesidade tem usado cada vez mais a terapia comportamental para dar conta da complexidade da doença. Com ela, o cuidado vai além de planos alimentares e rotinas de atividade física. O indivíduo e seu contexto social, econômico e até emocional são colocados no centro. Como resultado, o tratamento da obesidade torna-se mais efetivo.

A abordagem que a terapia comportamental traz ao cuidado da obesidade é um instrumento importante diante do aumento da prevalência da doença. No Brasil, de acordo com o Atlas Mundial da Obesidade de 2025, 68% dos adultos possuem sobrepeso. Além disso, 31% vivem com obesidade.

Nesse sentido, a terapia comportamental traz um olhar integral para a doença. Com ela, a abordagem é holística e considera aspectos físicos do paciente, sociais e mentais. Assim, o cuidado não restringe a obesidade a uma questão de balanço energético, ou seja, se o paciente ingere mais calorias que consome ou não.

Estigma da obesidade

A pesquisadora e professora da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Brunna Boaventura alerta que essa falta de sensibilidade pode ser prejudicial ao paciente. Por exemplo, quando o paciente não segue uma dieta alimentar: “Toda vez que consideramos aspectos relacionados somente a seu comportamento, continuamos a estigmatizar o paciente. Isso interfere em todas as complicações da obesidade”.

Por isso, ela sugere a inclusão de profissionais da psicologia no tratamento da obesidade: “Infelizmente o psicológico ainda está pouco vinculado à equipe interprofissional. Vejo a necessidade de introduzir cada vez mais aspectos da psicologia nesse cuidado da obesidade. Precisamos de vários profissionais”, complementa Brunna.

A discriminação pode levar a alterações metabólicas e a preferência por alimentos não saudáveis, o que agrava quadros de sobrepeso e obesidade. Além disso, há um prejuízo sobre o bem-estar psicológico da pessoa com obesidade.

Terapia comportamental

Com isso, a terapia comportamental no cuidado da obesidade oferece alguns benefícios:

  • Corrige pensamentos distorcidos ligados à alimentação;
  • Melhora a autoestima e a regulação emocional;
  • Fortalece a confiança para manter mudanças de hábitos.

Para isso, Brunna lembra que é importante incorporar essas práticas logo na formação acadêmica: “Os cursos da área da saúde precisam ter um olhar mais ampliado não só para obesidade, mas para uma comunicação clínica não julgadora. Falamos muito em cuidado centrado na pessoa, mas não somos treinados para isso”.