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Conselho de Nutrição faz campanha contra estereótipos

Conselheira também orienta profissionais da nutrição para o uso de redes sociais

André Derviche Carvalho

23 de out de 2025 (atualizado 23 de out de 2025 às 17h31)

O Conselho Regional de Nutrição (CRN) lançou a campanha “Menos padrão, mais inclusão”. O objetivo é combater estereótipos no atendimento e na publicidade que afetam pessoas com obesidade. Com isso, o Conselho também reforçou recomendações de uso de redes sociais por parte de nutricionistas.

“Essa campanha surgiu a partir da observação do aumento de denúncias éticas no Conselho em relação ao uso das redes sociais, especialmente reproduzindo estereótipos ligados ao corpo”, revela Osvaldinete Silva, coordenadora da Comissão de Ética do CRM da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul).

A ideia é educar e conscientizar sobre o uso das redes sociais e outros canais de mídia por parte de nutricionistas, técnicos em nutrição e dietética e do público geral. Assim, a campanha busca combater estereótipos que estigmatizam pessoas com sobrepeso.

Como usar redes sociais

O Código de Ética da Nutrição proíbe a apresentação de resultados como garantia do atendimento. Por exemplo, divulgar a redução de peso de um paciente e expor como um resultado garantido do tratamento.

“Compreendemos que o uso inadequado desses discursos ‘motivacionais’ com exposições de resultados de pacientes em redes sociais geram comparações e expectativas irreais, que podem trazer frustração e risco à saúde mental”, explica Osvaldinete.

Assim, o Conselho fomenta uma abordagem mais inclusiva do paciente com sobrepeso e obesidade. Uma abordagem que não culpabiliza o indivíduo e que não focalize na redução de peso. Na realidade, o atendimento do nutricionista deve considerar aspectos mais amplos para garantir bem estar emocional, saúde física e uma relação adequada com alimentação.

Os perigos dos estereótipos segundo o Conselho de Nutrição

Estereótipo pode ser definido como uma percepção preconcebida de alguém. No caso da obesidade, isso contribui para a discriminação da pessoa. Por exemplo, muitas vezes o nutricionista só é visto como profissional competente se for eutrófico.

Além disso, há as redes sociais. Com elas, tornou-se muito mais fácil a divulgação de imagens e disseminação de padrões. Como resultado, pode-se criar uma pressão social em relação à imagem corporal, uma busca por um padrão estético de magreza. “A imagem midiática tem um poder muito grande de influenciar a idealização corporal das pessoas”, diz Osvaldinete.

Vale lembrar que a busca pelo emagrecimento nem sempre vem de forma saudável. A conselheira do CRN lembra que pode haver efeitos colaterais, como baixa imunidade, desnutrição, perda de massa muscular, deficiência de vitaminas e sais minerais e hipoglicemia. Transtornos alimentares também são comuns nesse caso.

Orientações para o nutricionista

Diante disso, o CRN recomenda que o profissional de saúde adote uma conduta não estigmatizante, inclusiva e empática. O foco deve ser a promoção da saúde integral do indivíduo e não somente estética. Nesse sentido, o atendimento deve incluir educação alimentar e nutricional como estratégia de promoção de saúde.

O CRN realiza fiscalizações ao trabalho de nutricionistas e recebe denúncias. Nesses casos, o profissional é devidamente orientado e fica sujeito a um termo de ajustamento ético.