Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) realizou as lives:

• 05 de junho. Live sobre Terapias Comportamentais para o tratamento da obesidade com Brunna Boaventura, pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
• 12 de junho. Live sobre uma Nutrição sem estereótipos com Osvaldinete Oliveira, membro do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região SP – MS.

• Inscrição até 04 de junho. Curso Epigenética: a interface entre a expressão dos genes e o estilo de vida da UNICAMP;
• 05 de junho. O debate Conectando os pontos: obesidade, doenças digestivas e cânceres foi realizado pela European Association for the Study of Obesity (EASO);
• 05 de junho. Aconteceu a live Transtornos Alimentares e Diabetes: quebrando o preconceito, apoiando as famílias do Diabetes nas Escolas;
• 06 e 07 de junho. O VI Seminário Internacional de Pesquisa em Economia Política da Saúde da Faculdade de Saúde Pública-USP foi promovido no formato online;
• 11 de junho. Encontro da Associação Brasileira de Qualidade de Vida para discutir “Como as empresas abordam (ou deveriam abordar) a obesidade”. O encontro teve a participação do PBO;
• 12 de junho. A Academia Nacional de Medicina promoveu o debate Obesidade: uma pandemia que avança;
• 12 de junho. Aconteceu o webinar Desafios no tratamento cirúrgico da obesidade e da doença renal da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO);
• 15 a 18 de junho. Aconteceu o XXXVIII Congresso Conasems;
• 17 de junho. A International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO) realizou o webinar “O que aprendemos nos últimos 20 anos no tratamento da obesidade”;
• 18 de junho. O webinar para o Lançamento e debate do relatório: Observatório do direito à alimentação e à nutrição (2025) foi organizado pela FIAN Internacional.
  

Fique de olho

• 19 de junho. A Obesity Canada vai realizar o webinar Obesidade: custos e impactos no Canadá;
• 21 de junho. A Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) realizará, no Rio de Janeiro, o X Simpósio Internacional de Obesidade – SIOS;
• 24 de junho. O webinar Câncer e obesidade: entendendo a conexão será promovido pela European Association for the Study of Obesity (EASO);
• 26 de junho. Será realizado, no Rio de Janeiro, o Seminário Alimentação Adequada e Saudável na Primeira Infância: Diálogos e experiências, organizado pelo Instituto de Nutrição da UERJ;
• 15 a 18 de agosto. A etapa final da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora será promovida pelo Conselho Nacional de Saúde;
• 27 a 29 de agosto. Acontecerá em Sergipe o II Simpósio Internacional de Políticas Públicas de Atividade Física e Comportamento Sedentário (SIPAFCS) realizado pelo Centro de Investigação em Saúde, Atividade Física (SAFE) da Universidade Federal de Sergipe;
• 03 a 06 de setembro. A SBEM apresentará o Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia;
• 22 e 23 de setembro. O 2º Encontro Internacional de Alimentação Escolar, Inovação e Sustentabilidade acontecerá, no Rio de Janeiro, organizado pelo Programa de Pós-graduação em Segurança Alimentar (UNIRIO/PPGSAN);
• 15 a 18 de outubro. O 3° Congresso Mundial em Medicina Tradicional, Integrativa e Complementar será realizado pelo Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa;
• 22 a 24 de outubro. O 25º Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica será promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica em Foz do Iguaçu – PR;
• 29 a 31 de outubro. Ocorrerá o XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes;
• 29 a 31 de outubro. Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde (CBAFS).

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, das 9h30 às 12h.

26 de junho. O PBO realizará o 2º Fórum Brasileiro de Políticas Públicas em Obesidade, que reúne especialistas, gestores e pessoas com obesidade para um debate intersetorial sobre os caminhos para a efetivação de políticas públicas de prevenção e cuidado da obesidade no Brasil. Inscreva-se pelo link:  https://bit.ly/3SS0uZU

Obesity, education, and change: displacements of the senses and meanings for health professionals in primary care

Autores: Carolina Gusmão Magalhães; Virgínia Campos Machado; Ricardo Burg Ceccim; Lígia Amparo-Santos; Verena Macedo Santos; Ananda Ivie Dias Novais Cassimiro; Poliana Cardoso Martins; Mônica Leila Portela De-Santana
Fonte: Ciência &, Saúde Coletiva
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
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Por que o tema é relevante?

A abordagem da obesidade nos serviços de saúde ainda é guiada por paradigmas biomédicos e centrados no indivíduo, o que pode resultar em práticas estigmatizantes e ineficazes. Assim, é importante compreender como profissionais da Atenção Básica percebem e atuam diante desse fenômeno e de que maneira processos educacionais podem transformar essas compreensões e práticas.

Qual é o objetivo do estudo?

Analisar os deslocamentos nos sentidos e significados da obesidade para profissionais da Atenção Básica no estado da Bahia.

Quais as principais conclusões?

Os profissionais de saúde participaram de uma iniciativa educacional baseada na Educação Permanente em Saúde (EPS) para ampliar a compreensão sobre a obesidade, a partir de uma perspectiva crítica, ecológica e multifatorial.
Inicialmente, estavam ancorados na visão biomédica e centrada na responsabilização individual, contudo, após a formação, puderam reconhecer a obesidade como uma condição multifatorial, complexa e socialmente determinada, valorizando fatores ecológicos, culturais, emocionais, a diversidade corporal e a singularidade das experiências individuais.
A formação também contribuiu para à problematização do uso exclusivo do índice de massa corporal (IMC) como critério diagnóstico, destacando limitações diante da complexidade da obesidade e enfatizando a necessidade do olhar mais amplo e contextualizado. Além disso, emergiram preocupações com o estigma, a baixa resolutividade das práticas de cuidado e as barreiras no acesso à saúde.
Por fim, os profissionais passaram a considerar a obesidade como uma experiência subjetiva, influenciada por múltiplos determinantes e que demandam uma abordagem sensível, interdisciplinar e intersetorial. A valorização da integralidade do cuidado, do trabalho em equipe e das estratégias de aprendizado efetivas também foram destaque como um avanço na prática clínica. Com isso, o estudo demonstra o potencial transformador da educação permanente em saúde na ressignificação de saberes e práticas no enfrentamento da obesidade.

Obesity-induced metabolic priming exacerbates SARS-CoV-2 inflammation

Autores: Gustavo Gastão Davanzo; Bianca Gazieri Castelucci; Gabriela Fabiano de Souza; Stéfanie Primon Muraro; Larissa Menezes dos Reis; Isabella Bonilha de Oliveira; José Luís Fachi; João Victor Virgilio-da-Silva; Marcelo Rodrigues Berçot; Mariane Font Fernandes; Sarah de Oliveira; Nathalia Vitoria Pereira Araujo; Guilherme Ribeiro; Gisele de Castro; Webster Leonardo Guimarães Costa; Adriana Leandra Santoro; Gabriela Flavia Rodrigues-Luiz; Helison Rafael P. do Carmo; Ikaro Breder; Marcelo A. Mori; Alessandro S. Farias; Daniel Martins-de-Souza; Joseph W. Guarnieri; Douglas C. Wallace; Marco Aurélio Ramirez Vinolo; José Luiz Proença-Módena; Afshin Beheshti; Andrei C. Sposito; Pedro M. Moraes-Vieira
Fonte: Immunology
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Ensaio clínico
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Por que o tema é relevante?

A COVID-19 evidenciou a vulnerabilidade de pessoas com comorbidades, especialmente a obesidade, que apresentaram risco aumentado de complicações. Portanto, compreender as interações entre metabolismo, imunidade e infecção viral é essencial para orientar estratégias preventivas e terapêuticas mais eficazes.

Qual é o objetivo do estudo?

Investigar os mecanismos pelos quais a obesidade exacerba, a resposta inflamatória à infecção pelo SARS-CoV-2.

Quais as principais conclusões?

O estudo mostra que a obesidade, por meio do acúmulo de ácidos graxos livres (AGL) no organismo, induz uma forma de reprogramação imunometabólica em monócitos chamada “imunidade metabolicamente preparada”. Essa reprogramação reforça a ideia de que a obesidade representa um fator de risco imunológico para formas graves de COVID-19.
O artigo destaca que, monócitos (célula do sistema imunológico responsável por iniciar respostas inflamatórias) de indivíduos com obesidade estão metabolicamente e epigeneticamente programadas para produzir mais substâncias inflamatórias mesmo na ausência de infecção viral, sugerindo que o estado inflamatório basal já está elevado nessas pessoas. Isso significa que, quando essas pessoas entram em contato com um agente infeccioso como o SARS-CoV-2, a resposta inflamatória tende a ser desproporcional e prejudicial, aumentando o risco de complicações. Esse fenômeno foi replicado experimentalmente ao tratar monócitos de indivíduos saudáveis e magros, que demonstrou que mesmo exposições agudas a AGL podem induzir esse estado imunometabólico pró-inflamatório.
Por fim, o ambiente metabólico induzido pela obesidade prepara as células imunes para uma resposta inflamatória exacerbada frente à infecção viral, o que reflete na maior gravidade da COVID-19 nesses indivíduos. Nesse contexto, são necessárias novas abordagens terapêuticas que visem a modulação do metabolismo celular e da epigenética inflamatória.