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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição 13/2025 #97

Boletim PBO

  1. Publicado em: 1 de jul de 2025

  2. Período: De 19 a 30 de junho/2025

  3. Resenhas desta edição:
    1. Estimativa da participação de alimentos ultraprocessados nos municípios brasileiros

      Autores: Leandro Teixeira Cacau; Maria Helena D’Aquino Benicio; Renata Bertazzi Levy; Maria Laura da Costa Louzada

      Fonte: Rev. Saúde Pública

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

    2. Diagnostic performance of anthropometric measurements for identifying obesity in high-altitude pediatric populations: evidence from tibet via bioelectrical impedance analysis

      Autores: Ming-jian Nie, Rui-zhe Sun, Chao-qun Fã, Jing-jing Wang, Xi Fei, Zi-Kang Hu & Hong-juan Li

      Fonte: Lipids in Health and Disease

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

Destaques do período

Eventos

  • 26 de junho. O PBO realizou o 2º Fórum Brasileiro de Políticas Públicas em Obesidade. O evento reuniu especialistas, gestores e pessoas com obesidade para um debate intersetorial sobre os caminhos para a efetivação de políticas públicas de prevenção e cuidado da obesidade no Brasil. 

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

Estimativa da participação de alimentos ultraprocessados nos municípios brasileiros

Autores: Leandro Teixeira Cacau; Maria Helena D’Aquino Benicio; Renata Bertazzi Levy; Maria Laura da Costa Louzada
Fonte: Rev. Saúde Pública
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O consumo de alimentos ultraprocessados está associado a uma série de problemas de saúde pública e no impacto negativo no meio ambiente. Contudo, apesar de seu crescente aumento no Brasil, o impacto em nível municipal não era estimado, dificultando o planejamento e monitoramento de políticas públicas locais.

Qual é o objetivo do estudo?

Estimar a participação calórica de alimentos ultraprocessados (AUP) nos 5.570 municípios brasileiros. 

Quais as principais conclusões?

Os autores desenvolveram um modelo estatístico preditivo baseado em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017–2018 e do Censo Demográfico de 2010, considerando variáveis sociodemográficas como idade, sexo, renda, escolaridade, raça/cor, urbanidade e localização geográfica.
O modelo estimou a participação calórica de alimentos ultraprocessados nos 5.570 municípios brasileiros e revelou um padrão de heterogeneidade nacional, refletindo desigualdades socioeconômicas e demográficas. Municípios com maior proporção de habitantes com renda per capita superior a 5 salários mínimos e aqueles com maior grau de urbanização, apresentaram estimativas elevadas de AUP, geralmente acima de 20%. Essa tendência foi especialmente evidente nos estados do Sul e em capitais estaduais, como Florianópolis, que atingiu 30,5%.
Por outro lado, municípios com menores índices de renda e maior população rural, como os localizados no Piauí e Tocantins, registraram as menores estimativas de AUP, algumas inferiores a 6%. Embora apresentem menor consumo de AUP, não necessariamente reflete uma alimentação mais saudável, nessas localidades, o padrão alimentar pode estar restrito a itens básicos e pobres em diversidade, como arroz, feijão, farinha e açúcar, com baixa presença de frutas, legumes e verduras.
A produção de estimativas municipais é essencial para compreender as desigualdades regionais no consumo de ultraprocessados e orientar políticas públicas. Essas estimativas apoiam ações locais como adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), ampliação de programas como Restaurantes Populares e Cozinhas Solidárias, e restrição de ultraprocessados em escolas. Além disso, as cidades com alto consumo devem ser priorizadas em políticas públicas de enfrentamento da insegurança alimentar, como é o caso das capitais brasileiras incluídas na Estratégia Nacional “Alimenta Cidades”.

Diagnostic performance of anthropometric measurements for identifying obesity in high-altitude pediatric populations: evidence from tibet via bioelectrical impedance analysis

Autores: Ming-jian Nie, Rui-zhe Sun, Chao-qun Fã, Jing-jing Wang, Xi Fei, Zi-Kang Hu & Hong-juan Li
Fonte: Lipids in Health and Disease
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Em regiões de alta altitude, como o Planalto Tibetano, o diagnóstico de obesidade apresenta desafios adicionais devido a fatores ambientais e diferenças fisiológicas nos padrões de crescimento. Os métodos tradicionais de avaliação antropométrica, podem comprometer os resultados e a aplicabilidade em populações pediátricas de alta altitude. 

Qual é o objetivo do estudo?

Avaliar o desempenho diagnóstico de 19 medidas antropométricas para a triagem da obesidade em crianças e adolescentes de regiões de alta altitude. 

Quais as principais conclusões?

O estudo identifica qual das 19 medidas antropométricas oferece maior precisão, consistência e aplicabilidade quando comparadas à bioimpedância. Nesse cenário, o índice de massa triponderal (TMI) foi a medida mais eficaz para a triagem da obesidade em crianças e adolescentes residentes em regiões de alta altitude, como o Planalto Tibetano.
O TMI superou outras 18 medidas avaliadas na correlação com a gordura corporal estimada por bioimpedância, consistência diagnóstica entre subgrupos (sexo, idade, etnia e escolaridade), estabilidade dos valores de corte e desempenho classificatório. Essa medida não requer ajustes complexos por subgrupos, que facilita sua aplicação prática em cenários com poucos recursos técnicos. O uso da TMI é indicado porque, durante o crescimento infantil e adolescente, a relação entre peso e altura tende a ser mais bem representada por um modelo cúbico (altura ao cubo), e não quadrático (altura ao quadrado), como está no IMC. Isso reflete a desproporção do crescimento, em que as medidas corporais mudam com a idade.
Além do TMI, outras três medidas da espessura cutâneas também apresentaram bom desempenho (superior ao IMC), mas exigem maior complexidade operacional e instrumental, podendo gerar menor confiabilidade e aplicabilidade em estudos populacionais ou em contextos escolares.
Essa adaptação de instrumentos, também pode ser observada nos modelos antropométricos para populações chinesas, que apresentaram desempenho superior aos modelos originais desenvolvidos em outros países, o que evidencia a necessidade de calibração local das equações para melhorar a precisão diagnóstica. O estudo apresenta um avanço importante para estratégias de vigilância e manejo da obesidade pediátrica em contextos de alta altitude, propondo o TMI como um indicador simples, estável e de alta acurácia.