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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição 18/2025 #102

Boletim PBO

  1. Publicado em: 9 de set de 2025

  2. Período: De 14 de agosto a 08 de setembro/2024

  3. Resenhas desta edição:
    1. Beyond metabolism: psychiatric and social dimensions in bariatric surgery candidates with a BMI ≥ 50—a prospective cohort study

      Autores: Marta Herstowska, Karolina Myśliwiec, Marta Bandura, Jędrzej Chrzanowski, Jacek Burzyński, Arkadiusz Michalak, Agnieszka Lejk, Izabela Karamon, Wojciech Fendler, Łukasz Kaska

      Fonte: Nutrients

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

    2. Accountability for tackling childhood obesity: insights from local councillors in England

      Autores: Ravita Taheem, Kathryn Woods-Townsend, Wendy Lawrence, Janis Baird, Keith M. Godfrey, Mark A. Hanson

      Fonte: Journal of Public Health Policy

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

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Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

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Quinta-feira, às 11h.

Beyond metabolism: psychiatric and social dimensions in bariatric surgery candidates with a BMI ≥ 50—a prospective cohort study

Autores: Marta Herstowska, Karolina Myśliwiec, Marta Bandura, Jędrzej Chrzanowski, Jacek Burzyński, Arkadiusz Michalak, Agnieszka Lejk, Izabela Karamon, Wojciech Fendler, Łukasz Kaska
Fonte: Nutrients
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade com IMC ≥ 50 kg/m² vem crescendo no mundo e representa um subgrupo de pacientes com características clínicas, sociais e psicológicas distintas. Nesse caso, o tratamento cirúrgico é desafiador e demanda avaliação multidisciplinar, compreender esse perfil é essencial para melhorar resultados e individualizar estratégias de cuidado.

Qual é o objetivo do estudo?

Comparar perfis demográficos, metabólicos, psiquiátricos e sociais de pacientes com obesidade com e sem IMC ≥ 50 kg/m² antes da cirurgia bariátrica.

Quais as principais conclusões?

O estudo destaca que pacientes com obesidade de IMC ≥ 50 kg/m² constituem um grupo clínico que exige atenção especial no contexto da cirurgia bariátrica. Esses indivíduos apresentam riscos metabólicos significativamente mais elevados, incluindo maior prevalência de hipertensão, apneia obstrutiva do sono, insuficiência venosa crônica e alterações laboratoriais sugestivas de comprometimento hepático, dislipidemia e inflamação sistêmica.
Foi possível observar que muitos tiveram obesidade desde a infância, histórico familiar forte da condição e maior incidência de experiências traumáticas precoces, como violência na infância, fatores que contribuem para uma trajetória de vida marcada por vulnerabilidades cumulativas.
No campo da saúde mental, embora os questionários tenham revelado níveis semelhantes de sintomas depressivos entre pacientes com IMC ≥ 50 e < 50, os com IMC ≥ 50 relataram menos diagnósticos prévios de depressão e transtornos alimentares. Isso sugere uma possível subestimação ou subdiagnóstico das condições psiquiátricas nesse grupo, essa discrepância ressalta a necessidade de avaliações psiquiátricas mais detalhadas antes da cirurgia.
Assim, o estudo conclui que o manejo desses pacientes deve ser individualizado e multidisciplinar, considerando os aspectos metabólicos e as dimensões sociais, familiares e psicológicas. A identificação precoce de comorbidades e fatores psicossociais é crucial para melhorar os resultados em longo prazo e reduzir riscos associados ao tratamento cirúrgico. 

Accountability for tackling childhood obesity: insights from local councillors in England

Autores: Ravita Taheem, Kathryn Woods-Townsend, Wendy Lawrence, Janis Baird, Keith M. Godfrey, Mark A. Hanson
Fonte: Journal of Public Health Policy
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade infantil é um desafio global que eleva o risco de doenças crônicas na vida adulta. No Reino Unido, crianças de áreas pobres têm o dobro de risco de obesidade que as de áreas ricas e compreender como governos locais e conselheiros percebem sua responsabilidade e influência sobre os determinantes da doença é fundamental para  formulação de políticas preventivas eficazes.

Qual é o objetivo do estudo?

Explorar a visão de conselheiros locais em Southampton, Inglaterra, sobre a responsabilidade e a prestação de contas do governo local no enfrentamento da obesidade infantil. 

Quais as principais conclusões?

O estudo mostra que a prevenção da obesidade infantil na Inglaterra, apresenta obstáculos pela ausência de diretrizes nacionais claras e de recursos suficientes para apoiar a ação municipal, o que restringe a capacidade dos conselhos locais de implementar políticas robustas. A baixa supervisão política também aparece como um entrave, já que muitos conselheiros não percebem a obesidade infantil como prioridade eleitoral e o pouco engajamento da população limita a pressão pública por políticas mais efetivas.
Apesar dessas barreiras, o engajamento proativo de oficiais de saúde pública, que mantêm o tema em pauta e submetem relatórios de progresso, mostrou-se fundamental para garantir visibilidade e acompanhamento da doença. Além do compartilhamento de informações e boas práticas, que favorece a transparência e possibilita que comunidades e organizações acompanhem de forma mais efetiva a utilização de recursos e a efetividade das políticas.
Tanto no Brasil quanto na Inglaterra, os maiores entraves para o enfrentamento da obesidade infantil estão na capacidade política e institucional de transformar conhecimento científico em ações concretas. A efetividade de iniciativas e programas depende de fiscalização, financiamento adequado e engajamento político, elementos que remetem diretamente aos mecanismos de prestação de contas discutidos no estudo inglês. Em ambos os contextos, fortalecer essa prestação de contas é essencial para transformar a obesidade em uma prioridade de governo e não apenas em um problema técnico do setor saúde.
Em síntese, a principal contribuição da pesquisa é mostrar que o avanço no enfrentamento da obesidade infantil depende de um arranjo de governança que envolva múltiplos atores e níveis de prestação de contas, e que o papel dos oficiais de saúde pública e dos líderes locais é crucial para sustentar a prioridade do tema dentro das agendas políticas.