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The State of Food Security and Nutrition in the World 2022. Repurposing food and agricultural policies to make healthy diets more affordable

Relatório
The State of Food Security and Nutrition in the World 2022. Repurposing food and agricultural policies to make healthy diets more affordable
2022
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Ficha da publicação

Nome da publicação: The State of Food Security and Nutrition in the World 2022. Repurposing food and agricultural policies to make healthy diets more affordable

Autores: Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO)

Publicado em: 2022

Tipo de arquivo: Relatório

Link para o original

Resumo

This year’s report should dispel any lingering doubts that the world is moving backwards in its efforts to end hunger, food insecurity and malnutrition in all its forms. We are now only eight years away from 2030, but the distance to reach many of the SDG 2 targets is growing wider each year. There are indeed efforts to make progress towards SDG 2, yet they are proving insufficient in the face of a more challenging and uncertain context. The intensification of the major drivers behind recent food insecurity and malnutrition trends (i.e. conflict, climate extremes and economic shocks) combined with the high cost of nutritious foods and growing inequalities will continue to challenge food security and nutrition. This will be the case until agrifood systems are transformed, become more resilient and are delivering lower cost nutritious foods and affordable healthy diets for all, sustainably and inclusively.

Resumo traduzido por

O relatório deste ano deverá dissipar quaisquer dúvidas remanescentes de que o mundo está a retroceder nos seus esforços para acabar com a fome, a insegurança alimentar e a subnutrição em todas as suas formas. Estamos agora a apenas oito anos de 2030, mas a distância para alcançar muitas das metas do ODS 2 está a aumentar a cada ano. De facto, existem esforços para progredir no sentido do ODS 2, mas revelam-se insuficientes face a um contexto mais desafiador e incerto. A intensificação dos principais factores subjacentes às recentes tendências de insegurança alimentar e de desnutrição (ou seja, conflitos, extremos climáticos e choques económicos), combinada com o elevado custo dos alimentos nutritivos e as crescentes desigualdades, continuarão a desafiar a segurança alimentar e a nutrição. Este será o caso até que os sistemas agroalimentares sejam transformados, se tornem mais resilientes e forneçam alimentos nutritivos a baixo custo e dietas saudáveis ​​a preços acessíveis para todos, de forma sustentável e inclusiva.

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Por que o tema é relevante?

Nos últimos anos, a fome aumentou no mundo caminahndo em direção oposta ao proposto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. A maior parte das políticas alimentares e agrícolas implementadas não estão alinhadas com o objetivo de promover uma dieta saudável. Em acréscimo, muitos incentivos não são equitativamente distribuídos. Por isso, é preciso melhorar o custo-efetividade e eficiência das políticas públicas.

Qual é o objetivo do documento?

Atualizar sobre a situação de segurança alimentar e nutricional no mundo, incluindo as últimas estimativas sobre o custo e a acessibilidade de uma dieta saudável. A partir desses aspectos, o documento também busca redefinir a política alimentar e agrícola para tornar as dietas saudáveis mais acessíveis. 

Quais as principais conclusões?

Os dados e indicadores sobre o estado nutricional global apresentados no relatório pontuam que quase uma em cada três pessoas no mundo, cerca de 2,31 bilhões de indivíduos, estavam em situação de moderada ou grave insegurança alimentar em 2021. A prevalência da desnutrição saltou de 8,0 para 9,3% de 2019 para 2020 e subiu em um ritmo mais lento em 2021 para 9,8%. Estima-se que entre 702 a 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021, sendo que a maior parte desse aumento (150 milhões de pessoas) ocorreu depois do início da pandemia de Covid-19.

Dentre as metas da Agenda 2030, apenas o aleitamento materno exclusivo e o déficit de peso e comprimento (em inglês, stunting) de crianças menores de cinco anos mostraram melhora desde 2012. A obesidade em adultos e o excesso de peso em crianças menores de cinco anos caminham no sentido oposto aos ODS. A sua prevalência tem crescido na maioria dos países. Os indicadores reais podem revelar um cenário ainda pior, uma vez que as limitações impostas pela pandemia de Covid-19 dificultaram a coleta de dados após 2020. 

Em 2020, o aumento no consumo global de alimentos levou ao encarecimento dos preços desses produtos no segundo semestre do ano, aumentando o custo médio de uma dieta saudável para USD 3,54 por pessoa por dia (aumento de 3,3% em relação a 2019). Em consequência, quase 3,1 bilhões de pessoas não podiam pagar por uma alimentação saudável. A guerra na Ucrânia é outro fator que pode afetar a saúde globalmente. Ela impactou a cadeia de fornecimento de grãos, fertilizantes e energia, elevando os preços de alimentos e de energia a níveis não vistos em décadas. 

No mundo, de 2013 a 2018, os governos alocaram em média quase USD 603 bilhões por ano para o setor alimentício e agrícola. Os recursos direcionados para agricultores foram de cerca de USD 446 bilhões por ano. Para a cadeia de processos, esse valor foi de USD 111 bilhões, enquanto consumidores receberam USD 72 bilhões por ano na forma de subsídios fiscais. 

Fica claro que as dificuldades em oferecer para a população uma dieta saudável não se deve à falta de recursos. Por isso, o documento propõe repensar o destino dos incentivos financeiros. Algumas ações são:

  • realocação de incentivos fiscais, que é a proposta com maior potencial para aumentar a acessibilidade de dietas saudáveis, principalmente se houver uma mudança de foco dos produtores para os consumidores;
  • modificação global das políticas de preços, redirecionando as medidas de fronteira e o controle de preço de mercado;
  • em países onde a agricultura é um setor chave para a economia e geração de empregos, é fundamental que se priorize as ações governamentais de prestação de serviços e bens comuns do processo produtivo (como infraestrutura);
  • políticas complementares, que incluem: fortificação de alimentos, regulamentação da rotulagem nutricional e comercialização de alimentos, tributação de alimentos com alta densidade energética e compras públicas de alimentos saudáveis; e,
  • em acréscimo, políticas de proteção social podem ser necessárias para minimizar eventuais prejuízos ocasionados pela realocação de recursos e incentivos, principalmente no que se refere a perdas de rendimento a curto prazo e de meios de subsistência de populações vulneráveis.