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Interfaces entre a gordofobia e a formação acadêmica em nutrição: um debate necessário

Artigo de periódico
Interfaces entre a gordofobia e a formação acadêmica em nutrição: um debate necessário
2018
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Interfaces entre a gordofobia e a formação acadêmica em nutrição: um debate necessário

Autores: Barbara Leone Silva, Jacobina Rivas Cantisani

Publicado em: 2018

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Link para o original

Resumo

Este estudo propõe refletir sobre como a formação em Nutrição é passível de reproduzir gordofobia, e os riscos impostos às pessoas gordas por essa opressão. A gordofobia, enquanto discriminação dos indivíduos gordos, consequente da estigmatização, traduz-se em desigualdades nos mais diversos ambientes, repercutindo nos níveis biológico, psicológico, social e econômico. A hierarquização das populações consideradas mais ou menos saudáveis, baseada na lógica médico-estatística polarizada entre normal e patológico, sustenta a predominância da fisiologia no estudo das ciências da saúde, consolidando práticas de intervenção e controle sobre os desviantes, como medidas de prevenção. A formação teórica, enquanto definidora da prática, apresenta dilemas criando uma tendência de atuação patologizante, direcionando os Cursos de Nutrição a priorizarem interesses econômicos em detrimento das demandas sociais. Essa patologização contribui para a manutenção do modelo de saúde que corrobora a busca incessante pelo tipo corpóreo ideal, favorecendo a mercantilização das práticas em saúde. O debate conceitual e teórico mostra-se essencial para a discussão da abordagem prática, uma vez que a crença na obesidade enquanto reflexo das qualidades morais dos indivíduos tem importantes consequências sociais. De forma agravante, ao reproduzir a estigmatização das pessoas gordas, os profissionais as afastam do acesso aos serviços de saúde. Para desenvolver práticas humanizadas, promotoras de saúde e que reconheçam o indivíduo em sua historicidade e sociabilização, é preciso desenvolver outras concepções de saúde, já que a abordagem clínico-biomédica se mostra insuficiente para atuar de maneira satisfatória diante desta complexidade.

Resumo traduzido por

Este estudo propõe uma reflexão sobre como a formação em Nutrição é passível de reprodução à gordofobia, e os riscos impostos às pessoas gordas por essa opressão. A gordofobia, enquanto discriminação dos indivíduos gordos, consequente da estigmatização, traduz-se em desigualdades nos mais diversos ambientes, repercutindo nos níveis biológicos, psicológicos, sociais e econômicos. A hierarquização das populações consideradas mais ou menos saudáveis, baseada na lógica médico-estatística polarizada entre normal e patológico, sustenta a predominância da fisiologia no estudo das ciências da saúde, consolidando práticas de intervenção e controle sobre os desviantes, como medidas de prevenção. A formação teórica, embora definida da prática, apresenta dilemas criando uma tendência de atuação patologizante, direcionando os Cursos de Nutrição a priorizarem interesses econômicos em detrimento das demandas sociais. Essa patologização contribui para a manutenção do modelo de saúde que corrobora a busca incessante pelo tipo corporal ideal, favorecendo a mercantilização das práticas em saúde. O debate conceitual e teórico mostra-se essencial para a discussão da abordagem prática, uma vez que a opinião na obesidade enquanto reflexo das qualidades morais dos indivíduos tem consequências sociais importantes. De forma agravante, ao reproduzir a estigmatização das pessoas gordas, os profissionais que afastam o acesso aos serviços de saúde. Para desenvolver práticas humanizadas, promotoras de saúde e que reconheçam o indivíduo em sua historicidade e sociabilização, é preciso desenvolver outras concepções de saúde, já que a abordagem clínico-biomédica se mostra insuficiente para atuar de maneira satisfatória diante desta complexidade.