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ERICA: intake of macro and micronutrients of Brazilian adolescents

Artigo de periódico
ERICA: intake of macro and micronutrients of Brazilian adolescents
2016
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Ficha da publicação

Nome da publicação: ERICA: intake of macro and micronutrients of Brazilian adolescents

Publicado em: 2016

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Resumo

OBJETIVO Descrever o perfil de consumo alimentar e de macronutrientes, e estimar a prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes em adolescentes brasileiros. MÉTODOS Foram avaliados dados de 71.791 adolescentes de 12 a 17 anos que participaram do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), realizado em 2013-2014. O consumo alimentar foi estimado por meio de recordatório alimentar de 24h; em uma subamostra dos adolescentes foi coletado um segundo R24h para a estimativa da variância intrapessoal e o cálculo de ingestão alimentar usual. Estimou-se prevalência de consumo de alimentos ou grupos de alimentos referidos pelos adolescentes. Para ingestão inadequada de sódio considerou-se valores acima do nível de ingestão máxima tolerável. Prevalências de inadequação foram calculadas pelo método da Necessidade Média Estimada (Estimated Average Requirement – EAR) como ponto de corte. Todas as análises foram estratificadas segundo sexo, faixa etária e macrorregiões do País, e levaram em consideração o peso amostral e a complexidade do desenho do estudo. RESULTADOS Os alimentos mais consumidos pelos adolescentes foram arroz, feijão e outras leguminosas, sucos e refrescos, pães, e carne bovina. A ingestão média de energia dos adolescentes variou de 2.036 kcal (meninas de 12 a 13 anos) a 2.582 kcal (meninos de 14 a 17 anos). O consumo de ácidos graxos saturados e de açúcar livre ultrapassaram limites máximos recomendados da ingestão energética total (< 10,0%). Maiores prevalências de inadequação (> 50,0%) foram para cálcio e vitaminas A e E. O consumo de sódio foi acima dos limites máximos recomendados em mais de 80,0% dos adolescentes. CONCLUSÕES A dieta dos adolescentes brasileiros é caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz e feijão, e ingestão elevada de bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados. Esse padrão associa-se à elevada inadequação da ingestão de cálcio, vitaminas A e E e ao consumo excessivo de ácidos graxos saturados, sódio e açúcar livre.

Resumo traduzido por

OBJETIVO Descrever o perfil de consumo alimentar e de macronutrientes, e estimar a prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes em adolescentes brasileiros. MÉTODOS Foram avaliados dados de 71.791 adolescentes de 12 a 17 anos que participaram do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), realizado em 2013-2014. O consumo alimentar foi estimado por meio de recordatório alimentar de 24h; em uma subamostra de adolescentes foi coletado um segundo R24h para a estimativa da variância intrapessoal e o cálculo de ingestão alimentar usual. Estima-se a prevalência de consumo de alimentos ou grupos de alimentos referidos pelos adolescentes. Para ingestão de sódio retrospectiva-se valores acima do nível de ingestão máxima tolerável. Prevalências de inadequação foram calculadas pelo método da Necessidade Média Estimada (EAR) como ponto de corte. Todas as análises foram estratificadas de segundo sexo, faixa etária e macrorregiões do país, e levaram em consideração o peso amostral e a complexidade do desenho do estudo. RESULTADOS Os alimentos mais consumidos pelos adolescentes foram arroz, feijão e outras leguminosas, sucos e refrescos, pães, e carne bovina. O consumo médio de energia dos adolescentes variou de 2.036 kcal (meninas de 12 a 13 anos) a 2.582 kcal (meninos de 14 a 17 anos). O consumo de ácidos graxos saturados e de açúcar livre ultrapassaram os limites máximos recomendados da ingestão energética total (< 10,0%). As maiores prevalências de inadequação (> 50,0%) foram para cálcio e vitaminas A e E. O consumo de sódio foi acima dos limites máximos recomendados em mais de 80,0% dos adolescentes. CONCLUSÕES A dieta dos adolescentes brasileiros é caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz e feijão, e ingestão elevada de bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados. Esse padrão associa-se à inadequação elevada da ingestão de cálcio, vitaminas A e E e ao consumo excessivo de ácidos graxos saturados, sódio e açúcar livre.