Resumo traduzido por

Antecedentes Os adolescentes são cada vez mais suscetíveis à obesidade e, portanto, em risco de doenças não transmissíveis posteriores, devido a mudanças nas escolhas alimentares, nos níveis de atividade física e na exposição a um ambiente obesogênico. Esta revisão teve como objetivo sintetizar a literatura que investiga a eficácia das intervenções de educação em saúde realizadas em ambientes escolares para prevenir o sobrepeso e a obesidade e/ou reduzir o IMC em adolescentes, e explorar as principais características da eficácia. Métodos Uma busca sistemática em bases de dados eletrônicas, incluindo MEDLINE, CINAHL, PsychINFO e ERIC, para artigos publicados a partir de janeiro de 2006, foi realizada em 2020, seguindo as diretrizes PRISMA. Foram selecionados estudos que avaliaram intervenções de educação em saúde em jovens de 10 a 19 anos, realizadas em escolas de países de alta renda, com um grupo de controle e índice z de IMC/IMC relatado. Três pesquisadores selecionaram títulos e resumos, realizaram a extração de dados e avaliaram a qualidade das publicações em texto completo. Um terço dos artigos de cada conjunto foi verificado por outro revisor. Uma meta-análise de um subconjunto de estudos foi realizada para o escore z do IMC. Resultados Trinta e três intervenções baseadas em 39 publicações foram incluídas na revisão. A maioria dos estudos avaliou intervenções multicomponentes utilizando a educação em saúde para melhorar comportamentos relacionados à dieta, atividade física e medidas de composição corporal. Quatorze intervenções foram associadas à redução do escore z do IMC/IMC. A maioria das intervenções (n = 22) foi ministrada por professores em sala de aula, 19 dos quais formaram professores antes da intervenção. As intervenções multicomponentes (n = 26) incluíram estratégias como modificações ambientais (n = 10), intervenções digitais (n = 15) e envolvimento dos pais (n = 16). Quatorze estudos apresentaram baixo risco de viés, seguidos de 10 com médio e nove com alto risco de viés. Quatorze estudos foram incluídos em uma meta-análise de efeitos aleatórios para o escore z do IMC. A estimativa agrupada desta meta-análise mostrou uma pequena diferença entre a intervenção e o controle na mudança no escore z do IMC (- 0,06 [IC 95% -0,10, - 0,03]). Um gráfico de funil indicou que algum grau de viés de publicação estava operando e, portanto, o tamanho do efeito poderia estar inflacionado. Conclusões Os resultados da nossa revisão sugerem que as intervenções de educação em saúde baseadas nas escolas têm o potencial de saúde pública para reduzir o IMC para uma faixa mais saudável em adolescentes. As intervenções multicomponentes que envolvem as principais partes interessadas, como professores e pais, e as componentes digitais são uma estratégia promissora.