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Obesidade, educação e mudança: mobilização do pensar na saúde

Tese/Dissertação
Obesidade, educação e mudança: mobilização do pensar na saúde
2022
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Obesidade, educação e mudança: mobilização do pensar na saúde

Autores: Carolina Gusmão Magalhães

Publicado em: 2022

Tipo de arquivo: Tese/Dissertação

Link para o original

Resumo

Evidências acumuladas ensejam diferentes definições para a obesidade que se caracteriza pela
complexa integração e interdependência de diferentes dimensões e deve manter estreito
diálogo com as abordagens socioantropológicas e da diversidade corporal. Paradoxalmente,
currículos, políticas públicas e práticas de cuidado ainda são inspirados, majoritariamente,
pelo paradigma biomédico, resultando nos desafios para quem cuida e quem vive essa
condição. Em face desse contexto, a presente tese buscou analisar os limites e possibilidades
do curso de “Qualificação do Cuidado às Pessoas com Sobrepeso e Obesidade” na
mobilização do pensar o fenômeno da obesidade. Estudo de natureza qualitativa tem como
orientação teórico-metodológica a revisão de escopo, que mapeou as iniciativas de Educação
Permanente em Saúde no cuidado às pessoas com obesidade, e o estudo de caso, delineado a
partir de uma iniciativa educacional em saúde, que analisou os significados da obesidade para
os participantes e as possíveis mudanças de significados mobilizadas pela iniciativa. Os
participantes da pesquisa foram os profissionais de saúde da Atenção Básica do estado da
Bahia inscritos no curso. As informações foram produzidas por meio de análise documental,
observação não participante e questionário on-line, e examinadas por meio da análise de
conteúdo, prototípica e estatística descritiva. Uma triangulação de métodos produziu três
categorias de análise - Conceito de obesidade, Abordagens etiológicas sobre a obesidade e
Educação na Saúde. Como principais resultados, é possível destacar o número reduzido de
pesquisas na área e um desenho geral das iniciativas bem distantes do que propõe a Educação
Permanente em Saúde, com abordagem biomédica da obesidade, metodologias tradicionais de
ensino alheias à centralidade no cotidiano de trabalho e ao foco na noção de redes de atenção,
linha do cuidado, integralidade e culturas alimentares e corporais. Em consonância, ao
analisar os significados da obesidade dos profissionais, o estudo de caso revelou a
predominância da perspectiva patológica e individualizada da obesidade, em que pese à
ampliação do conhecimento científico moderno e das orientações institucionais sobre a
obesidade. Por outro lado, depois de finalizado o curso, significativas inflexões no modo de
pensar o fenômeno da obesidade foram observadas, em diálogo com as abordagens ecológica,
sindêmica e multifatorial, além das perspectivas antropológicas e da diversidade corporal.
Como limites da iniciativa estudada circunscrevem-se a formação prévia dos cursistas, o
desenho descendente da iniciativa, o alcance e a sensibilização dos educandos e a dificuldade
de liberação de carga horária no serviço. Já como possibilidades destacam-se o uso de
metodologias participativas, problematizadoras e implicadas com a realidade dos educandos,
a abordagem das “obesidades sob diferentes olhares e múltiplas expressões”, o ato de refletir
uma proposta alinhada por entes do ensino – gestão - controle social e as vantagens da
modalidade de ensino. Surgiu como premente que os currículos da saúde possam ser
revisitados, apresentando a multifatorialidade e a complexidade em um movimento
interdisciplinar e multiprofissional para influenciar a maneira com que os processos
formativos e as práticas de cuidado são estruturadas.